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Pedro Teixeira: das aulas de música à programação cultural

Artes

O seu percurso no mundo da música desmente a teoria de que “não há amor como o primeiro”. Se assim fosse, continuaria rendido ao saxofone, instrumento com o qual se iniciou na aprendizagem musical. Esse prelúdio aconteceu por volta dos 12 anos e não resistiu à fase da adolescência, quando descobre a música de Jimi Hendrix e começa a perder-se de amores pela guitarra. É caso para dizer que não há amor como o segundo, pois nunca mais trocou o prazer de dedilhar uma guitarra por qualquer outro instrumento. Aos 44 anos, Pedro Teixeira continua ligado à música, paixão que vai conciliando com a coordenação da programação do Cineteatro Alba, sala de espetáculos que está a caminho dos 75 anos de vida - dez do quais, totalmente renovado.

Mais do que alimentar a sua própria veia artística, a ligação à música também ajuda Pedro Teixeira a compreender melhor os criadores e os processos de criação com os quais se vai cruzando ao comando do equipamento cultural de Albergaria-a-Velha. Sim, porque resumir o Cineteatro Alba (CTA) a uma sala de espetáculos, seria um erro, conforme temos a oportunidade de constatar depois de Pedro Teixeira fazer questão de guiar a Aveiro Mag pelos vários espaços que compõem o equipamento.

“Este é um equipamento com muitos espaços: tem um espaço expositivo, um espaço café-concerto (para acolher concertos e programação mais alternativa), uma sala principal com cerca de 500 lugares e uma sala estúdio (com uma lotação para cerca de 40 a 60 pessoas, permitindo espetáculos mais pequenos, familiares e criação)”, descreve, orgulhoso da polivalência e das condições que o CTA oferece.

Natural da Gafanha de Aquém, no município de Ílhavo, Pedro Teixeira viveu, com os pais, vários anos na Suíça, país onde iniciou a sua aprendizagem musical, culminando com a criação de uma pequena banda, com um amigo kosovar e um polaco. Regressou a Portugal para fazer o 12º ano e ingressar na Universidade de Aveiro, onde tirou a licenciatura em Português-Francês, sem que isso o impedisse de estudar música.

A sua preferência pelo jazz, conduziu-o até à Oficina de Música de Aveiro onde, mais tarde, viria também a dar aulas. Nos últimos anos, parte do seu foco esteve virado para o mestrado em música na Universidade de Aveiro, que concluiu recentemente.

Da reabertura do CTA às linhas da programação

Há cerca de 15 anos, Pedro Teixeira começou a fazer o percurso entre Ílhavo e Albergaria-a-Velha com alguma regularidade para dar aulas de música nas Atividades de Enriquecimento Curricular (AEC´s). Estava dado o primeiro passo para uma carreira profissional no Município de Albergaria-a-Velha que ainda perdura. Teve a oportunidade de acompanhar o momento zero do novo CTA, que abriu as portas ao público a 27 de abril de 2012, depois de sofrer profundas obras de reabilitação. O programador recorda o dia de inauguração como se fosse hoje. “Era uma confusão enorme porque a comunidade estava sedenta de perceber o que era, sedenta de se encontrar com a memória”, lembra.

“Este espaço foi criado em 1950 e era uma das casas de referência no território porque acolhia muitos dos eventos que só iam a Lisboa ou Porto, por força da influência dos patrões da Alba”, introduz, sem esconder que, antes de ser reabilitado, o CTA viveu uma fase de algum declínio. Para que a memória desses anos gloriosos não se apague, o equipamento cultural faz questão de preservar algumas peças que fizeram parte desse passado: no primeiro balcão, ainda é possível encontrar as cadeiras originais, construídas pela Alba, e há vários cartazes e peças antigas a preencher as vitrines do espaço expositivo CTA.

“É a nossa exposição permanente e recupera a história. Não existia aquando da reabertura, tendo sido feita pela equipa que aqui estava. Como havia algum espólio, achámos que todas estas vitrines e pequenos espaços podiam ter uma exposição permanente com a nossa história”, enfatiza o programador.

Honrado o passado, fica mais fácil olhar para o futuro, sendo que, no CTA, ele é projetado na tentativa de encontrar um “equilíbrio de todas as partes”, desde “a formação de públicos, o impacto no território, o acolhimento de companhias com relevância a nível nacional. Mas também há o desequilíbrio sensato e validado que é necessário: antes de programar, não é só o orçamento, só as áreas performativas, não é só performers, é também pensar nas equipas de trabalho, na articulação ou potencialidade que tem no âmbito do serviço educativo, e a adequação à estratégia política, porque somos um teatro municipal”, nota. Nesta equação, repara, tem de entrar também “a ligação à comunidade local”, condição da qual o CTA não abdica e até quer fortalecer.

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