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Dos efeitos da escrita no recato do sofá

Opinião

Pedro Pires da Rosa *

Vem isto a propósito do cyberbulling, hoje tão em voga e em franca expansão. Vem isto a propósito da mediática Cristina Ferreira ter, diz a própria, escolhido o combate ao cyberbulling como o seu contributo para a Sociedade.

Não posso deixar de concordar com Cristina Ferreira quando afirma ser urgente que a sociedade reflicta na razão do ódio que pulula nas redes sociais. Acho sinceramente que as pessoas se esquecem que o facto de estarem em casa de pijama, não diminui em nada os efeitos daquilo que afirmam sobre terceiros.

Mas a verdade é que esta reflexão tanto se aplica a quem ofende com o que publica, como à própria Cristina Ferreira, mas também a Todos os que comentam de forma desproporcional.

Não é preciso destratar, ameaçar ou ofender para se ter razão.

Quanto a Cristina Ferreira, e à sua recém descoberta causa, a que associou o lançamento de um Livro, não é mais do que a utilização de um problema real, o cyberbulling, para tentar dar resposta privada a ataques recentes à sua pessoa, por força de «guerras» entre grupos empresariais dos media, na qual é protagonista.

Ou seja, é a pior das hipocrisias.

Cristina Ferreira é protagonista principal de programas onde diariamente se contribui para a fomentação deste ódio, quer com rubricas onde se abordam pessoas que não estão capazes para se defender dos efeitos da sua exposição, quer promovendo sentenças em directo na TV de casos de polícia ainda em fase de investigação, quer falando dos dentes da ministra da saúde, ou seja, programas de grande audiência que promovem com a sua actividade o sorvedouro das redes sociais.

Por norma, quem escreve nas redes sociais, de forma muito assertiva e escandalizada, contra A ou B, repudiando comportamentos, «batendo no peito», exigindo atitudes e reacções drásticas, não raras vezes procedeu da mesma forma em situação semelhante, ainda que com protagonistas diferentes.

Só que a internet tem o poder de nos fazer esquecer ao fim de 24/48h a realidade, fazendo-nos esquecer até o que nós próprios escrevemos.

Acresce que, muitas vezes permitimos comentários nos nossos «murais» que deveríamos controlar, ou pelo menos fazer por isso, esquecendo-nos que ao permitir que eles convivam no nosso pequeno espaço da rede, de alguma forma representa um «dar a mão» à escalada do teor ofensivo dos comentários lá colocados.

Quanto a Nós, saibamos também fazer a nossa parte, assumamos a nossa responsabilidade, manifestando sempre a nossa opinião nos fóruns que frequentamos, condenando quem entendemos condenar, mas procurando fazê-lo sempre sem ódio.

* Colaborador
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