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Música: 43.º FIMUV regressa com nove espetáculos

Artes

Depois de um primeiro concerto em Janeiro pela Orquestra Filarmónica Portuguesa com o Coro de Berlim, antes de o surto epidemiológico de Covid-19 ter inviabilizado viagens internacionais e obrigado a confinamento profilático generalizado, o 43.º FIMUV – Festival Internacional de Música de Paços de Brandão arranca em definitivo no próximo dia 3 de outubro.

A direção artística do certame mantém-se a cargo do violinista e docente Augusto Trindade, que, embora reconhecendo que o festival enfrentou este ano “um conjunto de dificuldades inteiramente novo”, encara a presente edição também como um desafio mais exigente e estimulante. “O que o confinamento imposto pela pandemia demonstrou é que, a par das ligações familiares e pessoais mais profundas, o que mais reconfortou as populações de todo o mundo num período de profundo isolamento foram as diferentes manifestações da criatividade humana e do génio artístico”, explica.

O primeiro espetáculo dá-se a 3 de outubro no Cineteatro António Lamoso, com a cantora, pianista e bailarina brasileira Joyce Cândido, que ainda no início de 2020 gravou um dueto com Mário Zambujo e agora sobe ao palco da Feira para reafirmar os motivos pelos quais é considerada uma das vozes mais relevantes da nova geração do samba e da MPB.

No dia 5 será o auditório da Academia de Música de Paços de Brandão a acolher um recital de piano por João Bettencourt da Câmara, que aos 19 anos já era apontado por críticos norte-americanos como detentor de uma “inesperada profundidade emocional” nas suas interpretações.

António Saiote será o protagonista do dia 10, atuando no palco da Biblioteca Municipal da Feira com a violoncelista Irene Lima e o pianista Vasco Dantas. A experiência de 50 anos do maestro e clarinetista associar-se-á assim a duas referências da música de câmara portuguesa, numa atuação com obras de Beethoven, Brahms e Bacri.

Para o auditório mais aconchegante do CiRAC está reservado, a 17 de outubro, o jazz do Indigo Quintet, um coletivo português recente que procura conferir à música instrumental “uma abordagem tímbrica desafiante”, fundindo o seu género-base com rock, funk, tango, bossa nova e clássica. No dia seguinte, na sala vizinha da Academia de Música de Paços de Brandão, sucedem-se outros três jovens músicos, todos eles já apontados como embaixadores internacionais da erudita nacional após percursos iniciados em escolas regionais: as violinistas Inês Pais e Joana Weffort, e o clarinetista Telmo Costa.

A world music, por sua vez, estará em foco no dia 23, também no CiRAC, para dar a conhecer o projeto a solo de Raúl Manarte, o músico, compositor, fotógrafo e psicólogo que fundou o grupo percussivo Be-Dom. O seu estilo reflete as experiências que vem acumulando no universo artístico e no campo humanitário, enquanto psicólogo ligado a diferentes missões dos Médicos Sem Fronteiras e de outras entidades com atuação em campos de refugiados da Grécia e em países como Moçambique e Guiné-Bissau.

Do Japão para o Europarque

Conduzida por Osvaldo Ferreira, considerado “um dos mais representativos maestros nacionais da atualidade”, a Orquestra Filarmónica Portuguesa vai a 25 de outubro preencher o Grande Auditório do Centro de Congressos Europarque com obras de Jean Sibelius e Ludwig Beethoven. A solista convidada para o concerto é a japonesa Sayaka Shoji (na foto), que, executando um violino Stradivarius datado de 1792, se afirmou desde cedo pela sua “musicalidade de técnica brilhante”, exprimindo ainda uma versatilidade artística que a leva a criar música para áreas performativas tão distintas quanto a dança e o audiovisual.

Os últimos espetáculos do FIMUV de 2020 também exploram outras facetas da música, começando pela interpretação coral, no dia 7 de novembro, no Auditório de Milheirós de Poiares, onde o Coro do CiRAC irá cantar obras “dos primórdios do Organum até ao século XX”, mediante o acompanhamento do pianista Diogo Santos Silva, da banda Expensive Soul.

A edição daquele que está a ser “o ano mais estranho de sempre na história do FIMUV” despede-se a 21 de novembro, fechando o ciclo de 2020 ao regressar novamente ao Cineteatro António Lamoso, na Feira. É aí que o Ballet Contemporâneo do Norte encerra o festival com uma exibição de “Eurodance”, uma “hecatombe geopolítica e tecno-emocional” para cinco bailarinos, com direção e coreografia de Rogério Nuno Costa.

“Não fosse o uso obrigatório de máscara e o maior distanciamento entre lugares na plateia, ninguém diria que este cartaz, tão rico e diversificado, corresponde a um ano complicadíssimo e sem paralelo em termos de programação e gestão cultural”, realça Augusto Trindade. “É claro que ainda nos falta subir ao palco e concretizar os espetáculos, mas já nos sentimos particularmente orgulhosos nesta fase, por termos evitado o cancelamento de um evento internacional que, implicando a coordenação de centenas de artistas, vai culminar, como sempre até aqui, num produto sério e de qualidade insuspeita”.

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