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Regras, expectativas e receios num regresso às aulas ensombrado pela pandemia

Sociedade

Horários desencontrados e intervalos mais pequenos; áreas de recreio limitadas, corredores de circulação obrigatória e refeições em take away; máscaras, álcool-gel e distanciamento: eis as principais novidades de um regresso às escolas bem diferente do habitual.

Entre hoje e a próxima quinta-feira, mais de um milhão de alunos por todo o país vai voltar às escolas.

No agrupamento de escolas de Aveiro, apesar de as aulas propriamente ditas só arrancarem na próxima semana, tiveram hoje lugar as primeiras assembleias de turma para acolhimento dos alunos, distribuição de equipamentos de proteção individual e divulgação das novas regras que vão moldar as suas rotinas ao longo do ano letivo.

Os horários foram reorganizados e, nalguns casos, completamente reformulados.

Todos os alunos, professores e funcionários vão receber um kit com três máscaras reutilizáveis que permitem 25 lavagens, bem como uma bolsa para as guardarem. O uso da máscara é obrigatório em todo o recinto escolar, exceto para comer e beber. Este kit deverá ser suficiente para todo o primeiro período.

Cada turma ocupará uma só sala e cada aluno terá um lugar fixo. As exceções serão as aulas de Educação Física e aquelas que tenham de ser lecionadas em laboratórios específicos. Nesses casos, estará garantida a devida higienização a cada utilização. Na Escola Secundária Homem Cristo, em Aveiro, tanto quanto possível, as mesas “estarão dispostas junto das paredes e janelas, com a mesma orientação evitando uma disposição que implique alunos virados uns para os outros”. Além disso, será comum ter portas e janelas abertas, de forma a privilegiar a frequente renovação do ar.

No que diz respeito à Escola Secundária da Gafanha da Nazaré, o problema de distanciamento na sala de aula não se põe, uma vez que aquela escola foi alvo de uma recente requalificação ao abrigo do Parque Escolar que, entre outras valências, permitiu organizar as salas com mesas individuais.Assim, “cada aluno tem a sua mesa de trabalho e não a partilha com ninguém”, explica Eugénia Pinheiro, diretora daquele agrupamento de escolas, alertando, todavia, para o facto de, nos estabelecimentos de ensino mais antigos, as mesas ainda serem duplas. Nesses casos, “estão a ser criadas marcações para orientar o posicionamento dos alunos, que serão sensibilizados para a importância do respeito pelos espaços e materiais individuais de cada um”, refere.

Contudo, segundo a diretora, há que ter em conta que “as turmas não foram reduzidas nem as salas ampliadas”, levando a crer que poderá haver casos pontuais em que não se verifiquem condições de cumprir o distanciamento recomendado.

No exterior, cada aluno estará limitado a um recinto específico consoante o local onde esteja a ter aulas.Na Secundária Homem Cristo, “os alunos serão organizados em grupos que devem ser mantidos ao longo de todo o período que permanecem na escola”. Cada um desses grupos terá “horários de aulas e intervalos de forma a evitar o contacto com os outros grupos”.Na Gafanha da Nazaré, a sala de alunos deixa de ser uma sala de convívio e passa a funcionar como parte do refeitório que, de forma a implementar as regras de distanciamento durante as refeições, teve de ser alargado.

Aos alunos que não tenham aulas à tarde, a escola vai dar a possibilidade de levarem o almoço em serviço de take away.

Para muitos jovens, esta semana de apresentações marca também o regresso a um estabelecimento de ensino pela primeira vez desde que, em março, o Governo e as autoridades de saúde optaram pela interrupção das aulas presenciais, como medida de combate à propagação do novo coronavírus.

É este o caso de Maria Casqueira, 15 anos, que se prepara para integrar uma turma de 10.º ano do curso de ciências e tecnologias na Escola Secundária Homem Cristo, em Aveiro. Para Maria, 2020-2021 é um ano de mudanças: uma escola nova, um ciclo novo, colegas e professores novos e, a par de tudo isto, uma nova forma de viver a escola condicionada pela pandemia de Covid-19.

Para Inês Casqueira, por outro lado, o ano letivo só arranca na quinta-feira, dia 17 de setembro. A irmã mais velha de Maria vai frequentar o 12.º ano do curso de línguas e humanidades na Escola Secundária da Gafanha da Nazaré.Algumas das medidas agora implementadas não são exatamente novas para a jovem de 17 anos. Inês faz parte do grupo de alunos que, em maio, depois de dois meses de ensino à distância, retomou as aulas presenciais a fim de se preparar para os exames nacionais do 11.º e 12.º anos. Desde aí que o álcool-gel e a máscara de proteção fazem parte do seu material escolar indispensável.

Maria está entusiasmada com a nova escola, contente com o novo horário e ansiosa pelo início do ano letivo; por sua vez, Inês antecipa um ano trabalhoso, repleto de provas desafiantes e decisões importantes; ambas estão cientes, no entanto, que a pandemia é imprevisível e isso faz com não consigam evitar uma certa dose de apreensão relativamente aos próximos meses.

Portugal tem verificado um aumento de novos casos de infeção por Covid-19 nos últimos dias e há quem receie que o número possa aumentar significativamente com o regresso às aulas.

Para tentar evitar que isso aconteça, as escolas têm estado a trabalhar para tentar salvaguardar o cumprimento de todas normas e orientações das DGS.Eugénia Pinheiro, assume que “a preocupação existe, mas não nos pode estagnar”. “A escola é um direito e um dever dos alunos e nós temos a obrigação de lhes criar condições para que os possam exercer”, acrescenta.

Também Vítor Marques, diretor do agrupamento de escolas de Aveiro, defende as aulas presenciais. No site do agrupamento de escolas de Aveiro, apela-se à comunidade escolar para que confie na escola, afirmando que “todos temos de ser agentes de saúde pública”.

Recorde-se que o encerramento de uma escola será sempre uma solução de último recurso e que, por isso mesmo, só pode ser tomada pela autoridade de saúde local. No entanto, caso haja a necessidade de um aluno entrar em quarentena, as escolas dizem ter condições para assegurar ao ensino à distância.

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