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Aveiro preparada para ser uma "excelente Capital Portuguesa da Cultura"

Artes

“Da mesma forma que a conquista do título de Capital Europeia da Cultura não seria o início de nada em Aveiro, não o conquistar não será o fim de nada”, reiterou ontem o presidente da câmara municipal, na sessão pública de balanço da candidatura de Aveiro a Capital Europeia da Cultura em 2027, dias após o anúncio da decisão do júri de atribuir o título à cidade de Évora. “Não fizemos este trabalho só porque queríamos ter um evento, em 2027, na cidade, no município e na região de Aveiro; fizemo-lo porque cabia bem na estratégia de desenvolvimento em que estamos envolvidos e que tem na cultura um pilar prioritário”, esclareceu Ribau Esteves.

De acordo com o autarca, esta sessão de balanço, que decorreu no Teatro Aveirense, serviu igualmente para “dar o primeiro passo” no sentido de “aproveitar ao máximo” o “investimento avultado” (2,5 milhões de euros) que a câmara empregou na construção da candidatura a Capital Europeia da Cultura, com Ribau a dar nota das obras cuja concretização a autarquia assumirá desde já e aquelas que terão de aguardar por “fontes de financiamento alternativas”. “Se tivéssemos alcançado o título , íamos subir de patamar mais rapidamente” - recorde-se que a cidade vencedora receberá 29 milhões de euros para concretizar o seu projeto. “Não tendo alcançado o título, vamos continuar a subir, usando o tempo com uma parcimónia proporcional à nossa capacidade financeira”.

Dos vários projetos apresentados no contexto da candidatura aveirense - que, em conjunto, têm uma dimensão financeira superior a 80 milhões de euros –, há “alguns que garantidamente vamos concretizar” e outros dos quais a câmara “gosta muito”, mas que não poderão avançar enquanto não forem encontradas fontes alternativas de financiamento. No que respeita aos primeiros – aqueles que já estão em curso ou que, apesar de ainda não terem arrancado, serão “com toda a certeza” concretizados, o presidente fez referência a:

O projeto Creative Change Academy, a instalar no antigo centro educativo Alberto Souto, em Aradas. O velho colégio passará a ser um lugar dedicado à criação artística, com salas para estúdios, residências, acolhimentos, conferências, produção e apresentação, e que será a nova sede do Arquivo Municipal de Aveiro. De acordo com Ribau Esteves, a câmara está neste momento a estudar as quatro propostas apresentadas no âmbito de um concurso de ideias previamente lançado. A operação está orçamentada em 7 milhões de euros.

O projeto Living Places Lab, que visa “dar nova vida” aos terrenos da antiga lota, transformando-os num espaço dinâmico e de forte cariz cultural, aproveitando a localização privilegiada daquele território para apostar na “exploração de novas abordagens na relação da urbanidade com os valores ambientais”. Com um orçamento de 7,5 milhões de euros, a câmara está a avaliar as ideias decorrentes do estudo urbanístico para aquela zona. Há 9 propostas em cima da mesa

O projeto Community Culture Clubs, uma rede de espaços de desenvolvimento cultural criada a pensar no desenvolvimento de projetos comunitários e de vizinhança, que visa igualmente proporcionar às associações aveirenses ligadas à cultura melhores condições para exercerem a sua atividade.

O projeto Museu da Bienal de Cerâmica Artística de Aveiro, já em curso, que virá instalar-se no edifício do antigo magistério e da antiga biblioteca municipal. A referência financeira deste empreendimento é de 3 milhões de euros.

O Museu da Terra, na Quinta da Costa, em Requeixo, com uma estimativa de custo de 2 milhões de euros, é “outro dos projetos que garantidamente vai ter futuro”, diz Ribau Esteves.

Há ainda um conjunto de projetos de regeneração urbana – onde se incluem, por exemplo, a obra do Rossio, a revitalização do bairro da Beira Mar, a construção da Via Panorâmica Aveiro – Ílhavo ou a extensão do canal de São Roque - orçamentados em cerca de 10 milhões de euros no âmbito da candidatura, mas que Ribau assegura que terão “uma extensão física e financeira superior à que colocámos na candidatura”.

Já no que respeita ao conjunto de investimentos previstos que só poderão ver a luz do dia caso seja encontrada “uma fonte de financiamento que, nesta fase, ainda não se vislumbra”, Ribau Esteves destacou os seguintes:

A Artistic Intelligence Factory, um projeto multidisciplinar que juntaria cultura, ciência, tecnologia e indústria. O projeto, que recuperaria os silos da antiga fábrica da Companhia Aveirense de Moagens – o mesmo espaço da Fábrica Centro Ciência Viva -, representa um investimento referenciado de 8 milhões de euros.

Um projeto para dar uma “vida renovada” à antiga Fábrica Jerónimo Pereira Campos, atual Centro Cultural e de Congressos. Este que é, na opinião e Ribau Esteves, “um dos mais fantásticos edifícios de Aveiro”, tornar-se-ia no novo Art & Convention Center.

O projeto de um pavilhão multiusos - Events Arena, na designação utilizada na candidatura -, com uma referenciação financeira de 25 milhões de euros, que viria integrar o Parque de Feiras e Exposições de Aveiro. “É um equipamento que a nossa cidade precisa muito, quer para a componente cultural, quer para a componente desportiva. Para podermos conquistar uma série de eventos nacionais e internacionais temos de ter esta capacidade”, considera Ribau.

Finalmente, o pólo do Norte do Museu Nacional do Azulejo, em Ovar, um dos projetos que Aveiro agregou à sua candidatura e que se estima que possa representar um investimento de 6 milhões de euros.

Em 2024, Aveiro vai ser Capital Portuguesa da Cultura

“Mais do que ser Capital Europeia da Cultura, a cultura é para nós uma aposta capital”, elaborou Ribau Esteves, ao anunciar que Aveiro será a primeira das três cidades finalistas a assumir o novo título de Capital Portuguesa da Cultura, em 2024. “Foi uma ideia que germinou nas equipas técnicas dos quatro municípios finalistas que apresentámos ao ministro da cultura que a acolheu com agrado, que a desenvolveu e que a assumiu no dia do anúncio da cidade ganhadora que o Governo ia apostar nessa dimensão”. A ordem alfabética acabou por ditar que Aveiro assumiria o título em 2024, com Braga a ser Capital Portuguesa da Cultura em 2025 e Ponta Delgada, em 2026. Em 2027 não haverá Capital Portuguesa da Cultura, porque uma das Capitais Europeias da Cultura será portuguesa, mas em 2028, depois de um concurso aberto, uma nova cidade assumirá o título.

“Vamos trabalhar para sermos uma excelente Capital Portuguesa da Cultura, tirando proveito de tantas coisas que estão nesta candidatura, exercendo a dimensão do marketing territorial que oportunidades como esta nos conferem e aproveitando os 2 milhões de euros que o Governo aportará para este processo”, assegurou o autarca aveirense.

O presidente da câmara municipal aproveitou esta sessão para reconhecer a qualidade do trabalho realizado e agradecer a todos os envolvidos no processo, desde logo, à comissão executiva. Carlos Martins, perito internacional nas áreas da economia criativa, turismo e planeamento cultural – nas palavras de Ribau Esteves, o “Cristiano Ronaldo das Capitais Europeias da Cultura” – foi um dos membros dessa comissão.

Na opinião de Carlos Martins, “o júri escolheu mal”. “O júri decidiu apostar num território de mais baixa densidade, menos dinâmica económica e demográfica. Nós não somos esse território, não podemos competir nessa condição. Na minha opinião, fazia mais sentido apostar em cidades médias para que possam crescer e tornar-se mais europeias. Acredito que a nossa proposta tinha uma maior dimensão europeia e que era mais importante para a sua região – o Centro tem 2,2 milhões de pessoas, nunca teve um evento desta escala e merece-o”, considerou, depois de revisitar o processo de candidatura. “O nosso papel agora é mostrar que o júri esteve errado. E só há uma forma de o fazer: implementar este projeto”, conclui.

Segundo Carlos Martins, a versão final do bid book – o documento de candidatura – estará disponível ainda hoje para consulta de todos os interessados.

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