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Breno Silva, o adepto do Palmeiras que quer vestir a camisola do Beira-Mar

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É de Minas Gerais, no Brasil, mas está há quase oito anos radicado em Londres, no Reino Unido. Portugal, mais concretamente Aveiro, começou a ser ponto de paragem obrigatória “há cerca de três anos”. Primeiro, por causa dos negócios, e agora também pela atratividade que a cidade lhe merece. Breno Silva chegou a jogar nas camadas jovens do Atlético Mineiro, confessa-se um “palmeirense fanático” e está prestes a tornar-se “dono” do Beira-Mar, clube para o qual ambiciona um regresso à I Liga. Só em finais de abril é que os sócios da coletividade desportiva aveirense irão pronunciar-se sobre a nova SAD (Sociedade Anónima Desportiva), mas o empresário brasileiro vai estando cada vez mais presente em Aveiro. E não esmorece de cada vez que é confrontado com a desgraça que foi a primeira SAD do clube.

“As pessoas estão preocupadas e eu entendo. Foi um trauma muito grande”, admite, em conversa com a Aveiro Mag. “A única forma de superarmos isso é com muito trabalho. Trabalho, pés no chão, indicando que somos sérios e estamos aqui para resgatar o clube”, assevera o empresário de 36 anos que chegou a Aveiro através de um parceiro de negócios da Ibero Partners - que tem atraído empresas brasileiras interessadas em explorar o mercado europeu a partir de Portugal - que é originário de Vagos. Neste momento, são já “51 empresas” que a Ibero Partners está “a trazer para Portugal através de Aveiro. Cada uma delas em diferentes níveis”, refere o investidor que já teve negócios em áreas muito distintas.

“O primeiro empreendimento foi na área da restauração, posteriormente tive uma empresa de eventos, relacionada com a música, e depois na construção. Coisas muito diferentes, mas o Brasil estava a viver um momento muito bom para a construção na época e então fomos para um programa que se chamava ‘Minha casa, Minha vida’, que era construir habitação social”, recorda. Na altura do impeachment da Dilma Rousseff, e perante a incerteza que abalou alguns setores, Breno Silva optou por investir noutra área de negócio, mais concretamente em tecnologia - começou em São Paulo e acabou por ir para Londres, motivado pelo “desenvolvimento internacional das empresas do grupo”.

É no âmbito da sua ligação a Aveiro que Breno Silva começa a colocar os olhos no Beira-Mar. “Uma das empresas que trouxemos para Portugal foi a Primefy, que é hoje patrocinadora do clube. Na época, o contexto era só de patrocínio e viabilizámos a vinda de dois jogadores brasileiros [Luís Felipe e Pedro Henrique]. Começámos a vir aos jogos, a nos interessar e ficámos sabendo do processo da SAD e perguntámos se podíamos fazer parte”, contextualiza. “Para mim, é o início da concretização de um sonho. De uma vontade que eu já tinha há muito tempo. Eu já estive envolvido no futebol semi profissional, no Brasil, e quando veio a oportunidade da SAD pensei: porque não?”, testemunha o empresário que está disposto a liderar um investimento de 5 milhões de euros no clube aveirense.

Breno Silva não esconde que lhe foram apresentadas algumas propostas para investir em clubes, “tanto em Portugal quanto no Brasil”. “Também fiz uma oferta para um clube na Inglaterra, na segunda divisão, que acabou não se concretizando por divergências do que é o valor do clube”, desvenda, asseverando que o Beira-Mar acabou por aparecer, circunstancialmente, quando já estava há um ano sem “olhar para nenhum clube”. Sobre o clube aveirense não tardou a perceber que é “uma jóia que precisa ser lapidada, porque tem uma estrutura e um património muito grande”.

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Planos em vez de promessas

O empresário brasileiro diz que tem, para o Beira-Mar, “um plano de negócios que consiste em duas partes, 5 e 10 anos. Obviamente que 5 e 10 anos são tempos muito longos para tentar ter uma previsão de uma coisa, mas acredito que com trabalho muito sério a gente consegue rentabilizar isso”, ressalva. Quanto irá investir? “São 5 milhões de investimento ao longo de cinco anos, mais a construção do Centro de Excelência e assumir o passivo do clube”, contabiliza. Sobre este centro em concreto, diz que a intenção é que fique localizado junto ao estádio, mas “ainda é cedo” para dar certezas.

Breno Silva prefere falar em objetivos em vez de promessas. “Temos um objetivo inicial, e vamos trabalhar muito para isso, que é chegar à I Liga em 5 anos. Mas não é promessa”, ressalva, notando que voltar ao escalão maior do futebol é “essencial” para o projeto que lidera. “E, quem sabe, um pouco mais para a frente, pensar numa competição europeia”, equaciona.

O importante, afiança, é dar “um passo de cada vez”. “Estruturar, fazer os investimentos necessários para ter os equipamentos humanos e físicos para poder desenvolver esse trabalho”, refere. Nos planos para o futuro entra também a formação. Aliás, segundo o empresário, será mesmo “a principal plataforma” do trabalho da futura SAD. “Podemos fazer investimentos, trazer jogadores prontos [para jogar], mas com a formação você tem uma base estruturada de identidade e também tem o resultado desportivo e financeiro”, sublinha o empresário que já tem um nome para liderar a SAD: Pedro Guaratto, seu braço direito, antigo jogador, também ele radicado no Reino Unido, será o diretor executivo. “Mas ainda estamos a estruturar a equipa. A ideia é não ter disrupção, mas mais potencializar. O clube tem uma massa de pessoas a trabalhar com paixão e com muita identificação com o clube”, ressalva.

Antes de dar a conversa por terminada, perguntamos-lhe como é que olha para o momento atual do Beira-Mar (o treinador António Oliveira tinha sido despedido no dia anterior). “Não é nada fácil, mas tenho confiança que o clube vai se manter no Campeonato de Portugal”, referiu, considerando que “o treinador que vai assumir interinamente até ao final tem muita capacidade”. Quanto à massa associativa, Breno Silva diz sentir que “as pessoas, naturalmente, se afastaram um pouco, mas apenas fisicamente. Emocionalmente as pessoas ainda estão ligadas ao clube”.

 

 

 

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