Em pleno verão, tinha tudo para ser um sábado de praia, mas as toalhas e os chapéus de sol acabaram por ficar guardados em casa e foram substituídos por coletes refletores e luvas. Cerca de 40 colaboradores da empresa aveirense Civilria disseram presente, no passado sábado, 12 de julho, e não hesitaram em pôr mãos à obra, dando uma (preciosa) ajuda na requalificação do edifício onde funciona o Pré-Escolar da Casa Vera Cruz. Uma ação de voluntariado que pretendeu, também, assinalar o início da intervenção que a Civilria realizará naquele estabelecimento de Aveiro, sem custos para a instituição particular de solidariedade social (IPSS).
“Esta casa é centenária e precisava de alguma reabilitação. Ultimamente, temos tido muitas infiltrações, o desconforto já se sente no inverno, mas sabíamos que o custo da obra seria bastante elevado”, notava Mafalda Norte, diretora técnica do Pré-Escolar da Casa Vera Cruz, reconhecendo o mérito da iniciativa promovida pela Civilria. “Já tínhamos tentado algumas candidaturas ao nível da eficiência energética e não conseguimos ter nenhuma aprovada. Portanto, quando esta ideia surgiu foi para nós uma alegria”, acrescentou.
Em termos práticos, a empresa promotora da empreitada solidária, com o apoio da MAPEI e da REVILAF, empresas parceiras, está a requalificar um espaço de cerca de 550 metros quadrados através da aplicação de um sistema de isolamento térmico pelo exterior (capoto). Uma intervenção orçada em cerca de 60 mil euros, segundo adiantou à Aveiro Mag Artur Varum, CEO da Civilria, e que terá uma duração aproximada de “dois a três meses”.
O pontapé de saída foi, então, dado no último sábado, com o empenho dos colaboradores da empresa responsável por projetos imobiliários como o The Unique, o Ecoliving ou o Doca. “Foi tudo numa lógica de voluntariado, mas sentimos os nossos colaboradores muito motivados e felizes”, destacou Artur Varum.
A esta ação juntou-se também uma iniciativa que envolveu as crianças da instituição: foram desafiadas a pintar o muro exterior, inspiradas pela jornada da sustentabilidade daquela IPSS e da Civilria. Um momento que, no entender da empresa, constituiu “uma excelente oportunidade para promover uma cultura de participação cívica, sensibilizando as crianças para a importância deste tipo de ações e despertando nelas a curiosidade pelas áreas da engenharia civil e da arquitetura – quem sabe, plantando a semente para futuras vocações na área”.
O administrador da Civilria não afasta a possibilidade de a empresa vir a desenvolver outras ações semelhantes na região. “Temos programado fazer uma intervenção deste género por ano”, revela, afirmando a preocupação da empresa em criar e apoiar projetos de proximidade.
