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Herlander Silva: de Aveiro a Paris, o sonho dos Jogos Olímpicos

Modalidades

Há oportunidades que, quando chegam, tornam-se praticamente impossíveis de recusar. E o convite da seleção nacional de andebol da Coreia da Sul para o cargo de treinador-adjunto de Rolando Freitas, enquadra-se perfeitamente nesse paradigma, fazendo com que Herlander Silva entrasse numa viagem que tem os Jogos Olímpicos de 2024 como a paragem mais desejada.

Começou a jogar andebol aos 16 anos, no Alavarium, mas as lesões e o final do curso de Educação Física fizeram com que rapidamente surgisse o Herlander Silva treinador. Uma carreira distinta e diferenciada, com passagens em praticamente todos os escalões, tanto no masculino como no feminino, e na qual mostra, desde sempre, uma capacidade de adaptação e resiliência que tem sido fundamental para ter sucesso.

Da formação aos seniores

Deixar de jogar cedo, aos 26 anos, podia ter sido um dissabor tão grande que o fizesse abandonar a modalidade. Mas não. O gosto pelo ensino estava bem enraizado e as etapas foram sendo cumpridas paulatinamente, sem pressa, sem vontade de dar passos maiores que as pernas. Foi em casa, leia-se Alavarium, que naturalmente se deu o primeiro passo para treinar no patamar sénior, chegando ao comando técnico das Ala Girls.

A passagem para o escalão masculino deu-se entretanto, com a escolha a recair num histórico, a Académica de Coimbra, seguindo-se a Sanjoanense e, depois, a chegada ao principal escalão do andebol português, através do Avanca. Só que esse é, por norma, um desafio muito difícil para quem quer que seja.

“Treinar, em Portugal, equipas seniores, especialmente na Primeira Divisão, não é muito fácil”, explica Herlander Silva, um problema já muito discutido e que passa pela qualidade e quantidade de jogadores disponíveis livres (não pertencentes aos principais clubes portugueses), mas também pela dificuldade em “ser profissional na modalidade”, para além, novamente, dos “três clubes” reconhecidos no panorama desportivo nacional.

O primeiro desafio internacional

Daí que, quando surgiu a possibilidade de, primeiro, ser adjunto dos Sub19 de Israel, e, este ano, ser treinador principal, tenha Herlander Silva aproveitado a oportunidade com as duas mãos, num projeto distinto. “Em Israel os atletas desse escalão estão naquilo a que chamam ‘gap year’, entre o ensino secundário e o universitário, ou seja, aproveitam para fazer outras coisas, entre elas, neste caso, treinar”.

A forma de treinar nunca obrigou Herlander Silva a ir para Israel, uma vez que o escalão cumpria “diversos estágios em diferentes países da Europa”, onde realizam torneios e jogos particulares, como a melhor de “potenciar o talento”. Este projeto, para ao qual também foi convidado por Rolando Freitas, terminou no final do ano passado.

A Coreia do Sul e a aposta das duas partes

A federação da Coreia do Sul decidiu este ano avançar, pela primeira vez na sua história, para a contratação de treinadores estrangeiros, tanto para o andebol feminino, como para o masculino. A escolha de Rolando Freitas, que também já treinou a seleção portuguesa, abriu a porta a uma nova experiência para Herlander Silva.

Pesados todos os prós e todos os contras, a decisão de aceitar contou, naturalmente, com o apoio da família, até porque esta aposta, a longo prazo, obriga a que grande parte do ano seja passado no país asiático, ora em estágios para competições de caráter mundial, ora para estágios e ações de formação aos treinadores locais.

Herlander Silva na Coreia

E o que foi pedido à equipa técnica onde Herlander está inserido? A resposta é simples, mas ambiciosa: “A curto prazo iríamos ter os Jogos Asiáticos (10 a 25 de setembro) na China, mas foram cancelados, naquela que seria a primeira avaliação que faríamos aos jogadores, com vista ao próximo campeonato do mundo, que se realiza em janeiro de 2023 na Polónia e Suécia. No entanto, o nosso foco está na qualificação olímpica para Paris24, numa competição queserá jogada em outubro de 2023”.

Herlander Silva admite, ainda, à Aveiro Mag, que este será um desfio completamente diferente, fruto “da distância, da cultura diferenciada”, mas também da responsabilidade de serem “a primeira equipa técnica estrangeira no país”. No entanto, o treinador aveirense garante estar entusiasmado, até por aquilo que já encontrou no país que agora defende dentro do campo: “A nível de preparação as condições que nos dão, no centro olímpico, são incríveis: humanas, logísticas e materiais pelo que, os dias que vamos ter os jogadores à nossa disposição serão dias de trabalho árduo para potenciarmos e adaptarmos as capacidades dos jogadores ao nosso modelo de jogo. Estamos convictos e motivados”.

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