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Serviço de Patologia Clínica do CHBV fez mais de 50 mil testes COVID num ano

Saúde

Foi há um ano que o Laboratório de Patologia Clínica do Centro Hospitalar do Baixo Vouga (CHBV) deu início à pesquisa de SARS-CoV-2. Desde então, foram inúmeras as alterações implementadas no serviço, sendo de destacar a resposta por parte dos profissionais que se viram confrontados, quase diariamente, com novos desafios.

Desde 19 de março de 2020 até ao dia 21 de março do corrente ano, foram realizados 51.840 testes ao SARS-CoV-2 pelo Laboratório de Patologia Clínica do CHBV, dos quais 3.894 tiveram um resultado positivo. Um número revelador da capacidade de resposta deste serviço, que hoje está muitíssimo mais consolidado – sobretudo, ao nível da formação de recursos humanos - no que diz respeito à área da Biologia Molecular”, destaca o CHBV.

Este ano de evolução do Serviço de Patologia Clínica ficou marcado por quatro grandes momentos. Começando pelo início, “quando as solicitações começaram a surgir por parte do Serviço de Urgência, este Laboratório acreditou ter as condições necessárias para avançar para a pesquisa deste novo vírus”. O CHBV começou a processar os testes, “tornando-se numa das poucas instituições da região (públicas e privadas) a fazê-lo. Com a disseminação do vírus, a procura subiu exponencialmente e o CHBV começou a dar resposta não só às solicitações do serviço de Urgência, mas também às oriundas do Centro Hospitalar de Entre Douro e Vouga, do Hospital de Ovar (concelho que esteve em cerca sanitária), dos COVIdrives (entretanto dinamizados pelo ACES do Baixo Vouga nos vários concelhos da Região), nas estruturas residenciais para idosos e creches, procura esta que obrigou à reorganização do Serviço”.

Seguiu-se, numa segunda fase, a reorganização do serviço. “Percebendo que era urgente dar resposta, o serviço, através da Dr.ª Sónia Ferreira, deu formação em Biologia Molecular a uma equipa de mais seis técnicos, que se organizaram em quatro turnos a funcionar 24 horas/24horas, aumentando assim a capacidade de processamento de teste ao SARS-CoV-2 para cerca 400 testes/dia. É de salientar que, nesta altura (abril/ maio 2020) a atividade clínica programada já estava suspensa e, portanto, 90% do trabalho de serologia laboratorial passou a ser dedicado à pesquisa do SARS-CoV-2”, destaca o CHBV.

Apesar deste reforço e empenho, “era necessário ampliar, ainda mais, a resposta e a solução veio da Universidade de Aveiro (UA), mais propriamente do seu Instituto de Medicina Molecular”. Em Maio de 2020, a UA formou quatro equipas que, sob supervisão do Serviço de Patologia Clínica do CHBV, assumiram a responsabilidade pela partilha e pelo processamento das amostras colhidas nos COVIdrives da Região e nas unidades do Agrupamento de Centros de Saúde do Baixo Vouga, o que aliviou bastante a pressão no laboratório do CHBV, a quem cabia a validação final de todos os resultados.

Combate à segunda vaga

Numa quarta fase, e depois de um verão mais tranquilo, em que foi possível retomar alguma da atividade programada suspensa, o número de casos voltou a crescer em outubro, atingindo o seu máximo durante o mês de janeiro. Entretanto, os laboratórios privados foram autorizados a testar, o que permitiu que o Centro Hospitalar estivesse absolutamente disponível para responder, em exclusivo, às demandas internas.

Atualmente, o Laboratório dá resposta, não só às áreas COVID, mas também já retomou o seu normal funcionamento, de apoio a toda a atividade clínica. Elmano Ramalheira é o Diretor do Serviço de Patologia Clínica do CHBV e não hesita em considerar que este foi um dos anos mais desafiantes: “A pandemia tornou o nosso Serviço mais capacitado, mais motivado, mas também mais cansado. Respondemos a todos os desafios que, diariamente, nos foram surgindo e tivemos de pôr à prova a nossa capacidade de adaptação. Correu muito bem porque a base foi o trabalho em equipa, de forma comprometida e colaborante”.

Para o Diretor do Serviço de Patologia Clínica do CHBV, esta pandemia consolidou a importância da Biologia Molecular que, como diz: “já não é só o futuro, é o presente. E se isto é verdade ao nível nacional, é com toda a certeza verdade ao nível do nosso laboratório que passou de dois para sete profissionais dedicados a esta área.”

Também para o diretor clínico do CHBV, Frederico Cerveira, médico especialista de Patologia Clínica, “o desempenho do Serviço foi extraordinário e fundamental para a gestão atempada da Pandemia na Região, e creio que ficou evidente a importância da Patologia Clínica na sua capacidade de adaptação tecnológica e de organização, fundamental em contexto hospitalar, mas também importante na articulação com entidades exteriores, nomeadamente a Universidade de Aveiro”.

O Serviço de Patologia Clínica do CHBV conta, hoje, com 40 profissionais, de entre os quais cinco médicos especialistas e quatro médicas internas de especialidade, quatro técnicos superiores de saúde, 24 técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica, três assistentes operacionais e um assistente técnico. Processa, em média, 250 a 300 pesquisas diárias para o vírus SARS-CoV-2 sendo que, em concreto tem capacidade de realizar testes de biologia molecular por RT-PCR em distintos equipamentos, a saber: sistema m2000RT, GENEXpert, VitaPCR, Bio-RAD CFX -96 e por Imunocromatografia TRAg.

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