Alunas da Universidade de Aveiro vencem “Liga dos Campeões da inovação alimentar”

 

O projeto OrangeBeeee, das estudantes Adelaide Olim e Bárbara Vitoriano, da Universidade de Aveiro, venceu, no passado dia 18 de outubro, o prémio Ecotrophelia Europe, conhecido como a “Liga dos Campeões da inovação alimentar”.

 

Christoph Hartmann, do Centro de Investigação da Nestlé, na Suíça, e presidente do júri deste prémio europeu, considerou que as estudantes “deram um grande contributo para a paisagem alimentar da próxima geração”.

 

Adelaide Olim, do mestrado em Biotecnologia, e Bárbara Vitoriano, do mestrado em Design, desenvolveram um preparado fermentado de água de cozedura de leguminosas com uma camada de geleia de laranja, polvilhado com pólen apícola.

 

As estudantes recorreram às leguminosas mais comuns na dieta mediterrânica (grão de bico, feijão vermelho e feijão preto), mas também ao yacon, uma planta originária da Cordilheira dos Andes, na América do Sul. Esta planta tem vindo a ser cultivada entre as serras da Estrela e do Caramulo pela empresa Yacon Portugal e as suas folhas e tubérculos são uma fonte vegetal com benefícios comprovados na melhoria do trânsito gastrointestinal e no equilíbrio da floral intestinal.

 

No momento do consumo, Adelaide e Bárbara propõem que o pólen apícola, embalado na zona superior da embalagem, seja usado para polvilhar todo o produto. A ideia, explicam, é “misturar e envolver todas as texturas e sabores”.

 

“Trata-se de um produto com 89 kcal, rico em fibra e sem gordura, uma alternativa totalmente sustentável que tem cabimento em qualquer mercado”, destaca a Bárbara Vitoriano.

 

Uma proposta sustentável, que apela a hábitos responsáveis e incentiva à redução do desperdício na indústria alimentar.

 

Destaque-se ainda as embalagens de cartão reciclado que são colecionáveis e contêm informação educativa narrada por personagens que, de forma lúdica, esclarecem os consumidores sobre os ingredientes dos produtos.

 

“O objetivo agora é chegar ao mercado”, embora Bárbara Vitoriano reconheça que “ainda há muito trabalho pela frente, nomeadamente, ao nível do melhoramento do produto e dos contactos com a indústria e da captação de investidores”.

Partilhar

Post a Comment