Violinista Sayaka Shoji junta-se à Orquestra Filarmónica Portuguesa

 

 

 

O ponto-alto do cartaz de 2020 do 43.º FIMUV é o concerto de violinista japonesa Sayaka Shoji com a Orquestra Filarmónica Portuguesa, sob a direção de Osvaldo Ferreira. O espetáculo decorrerá, no dia 25 de outubro, no Grande Auditório do Europarque, em Santa Maria da Feira, e adivinha-se uma rara oportunidade para apreciar ao vivo uma superior manifestação artística de talento, profissionalismo e cooperação à escala mundial.

 

Augusto Trindade é o diretor artístico do certame e explica que o caráter distintivo do concerto marcado para as 17h30 tem por base a conjugação de dois fatores: “um deles é que Sayaka Shoji é técnica e musicalmente brilhante, pertence ao xadrez dos principais violinistas da atualidade e, ainda tão jovem, tem já uma carreira internacional impressionante e um currículo invejável. O outro aspeto é que a acompanhá-la em palco estará a Orquestra Filarmónica Portuguesa, cujo elevado nível performativo se revela assim ao nível do calibre desta solista e prova que, no período de apenas quatro anos desde a sua constituição precisamente no FIMUV, este coletivo cresceu exponencialmente, estabeleceu parcerias com as principais salas de espetáculo do país e trabalhou com uma série de músicos internacionais de inquestionável valor – conseguindo tudo isso sem nunca ter beneficiado de apoios estatais”.

 

O maestro Osvaldo Ferreira, que, juntamente com Augusto Trindade, é cofundador da Orquestra Filarmónica Portuguesa, partilha de idêntica opinião. Defende que, ao convidar Sayaka Shoji, o coletivo de 50 músicos está a gerar “um encontro de ideias” e a assumir um desafio comum: “Estamos a elevar o nosso pathos artístico no diálogo com uma solista de nível mundial. Sayaka atua com uma elite de orquestras mundiais e é neste patamar que queremos estar de forma permanente”.

 

Um marco simbólico

 

Esta parceria entre os artistas portugueses e a violinista japonesa constitui também um marco particularmente simbólico numa época tão restritiva quanto a da atual pandemia de covid-19. “Fica ainda mais nítido que as ações de diálogo cultural e artístico provocam reações e atitudes colaborativas no cenário global”, defende Osvaldo Ferreira.

 

“A arte promove o avanço da sociedade como um todo, podendo contribuir para o equilíbrio da mesma, ajudar à preservação de valores e promover até a saúde e o bem-estar gerais. A realização de eventos culturais em contextos adversos e extremos dá-nos a oportunidade de medir a nossa capacidade de inovar e de criar diálogo e coesão social”, acrescenta.

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