Publicação internacional coloca comboio histórico do Vouga no mapa

 

 

O comboio histórico do Vouga está em destaque no livro “Dream Trains” – “Comboios de Sonho” -, publicado esta semana pela UIC – União Internacional de Caminhos de Ferro.

 

Esta publicação “põe em evidência muitos comboios históricos, desde o Alasca à Nova Zelândia e coloca o Vouga em letras gordas a par de comboios tão carismáticos como o Orient Express”, avança Nuno Freitas, presidente do Conselho de Administração da CP – Comboios de Portugal –, à margem de uma viagem de testes do comboio histórico do Vouga realizada ontem.

 

Esta viagem de ensaio e afinação entre Aveiro e Sernada do Vouga contemplou a locomotiva a vapor Mallet E214, cinco carruagens históricas e uma cisterna de água.

 

Nuno Freitas frisa que estes testes, realizados na única linha de bitola estreita em funcionamento em Portugal, destinam-se a “afinar tudo para, logo que seja possível, reiniciar [a circulação de comboios com pessoas]”.

 

Neste momento, estão a ser reparadas mais duas carruagens em Contumil, que irão fazer o seu teste novamente, em breve, na Linha do Vouga. As novas composições vão permitir que as próximas viagens possam realizar-se com maior distanciamento físico entre passageiros.

 

Segundo ainda revelou o presidente da CP, é intenção da empresa nacional ter um núcleo histórico na Linha do Vouga, um projeto alinhado com a missão da CP, que é “não só transportar grandes massas de pessoas nos polos mais urbanizados do país, mas também olhar para esta vertente histórica do caminho de ferro”.

 

Para o responsável da empresa ferroviária, a publicação do livro da UIC é a prova de que vale a pena apostar neste segmento de mercado turístico. Uma opinião corroborada por Jorge Almeida, presidente da câmara municipal de Águeda, autarquia parceira neste projeto, que, “há muitos anos, luta por este sonho e pelo reconhecimento de um património que deveria ser valorizado”.

 

Jorge Almeida demonstrou o seu “orgulho” pelo reconhecimento internacional ao comboio histórico do Vouga. “É uma aposta no turismo ferroviário e sustentável que queremos manter e atrair cada vez mais para Águeda”, defendeu.