
Aveiro: Obra do Largo do Rossio já foi adjudicada
Um “dia muito importante para a história e desenvolvimento de Aveiro”, escreve Ribau Esteves, no Twitter. O executivo municipal de Aveiro acaba de adjudicar a empreitada de requalificação do Largo do Rossio, Praça Humberto Delgado (as “Pontes”) e concessão do serviço público do parque de estacionamento subterrâneo.
A obra ficará a cargo de um agrupamento de empresas composto pela Tecnorém, Engenharia e Construções S.A. e pela Cimave – Construtora e Imobiliária de Aveiro, Lda., sendo a empresa Empark a subconcessionária da exploração dos parques de estacionamento do Rossio e do Mercado Manuel Firmino, num investimento superior a 12.4 milhões de euros e com um prazo de execução de 16 meses.
A remuneração que a concessão dos parques de estacionamento que o agrupamento de empresas vai pagar à câmara municipal de Aveiro cifra-se nos 2.5 milhões de euros.
Com esta adjudicação, a autarquia volta a sublinhar que esta empreitada de requalificação vai resultar numa área verde superior em área e com mais árvores do que a atual, bem como na redução da área de circulação e estacionamento automóvel à superfície.
A construção do parque de estacionamento subterrâneo com capacidade para mais de duas centenas de veículos, de um centro para a interpretação do achado arqueológico da igreja de São João, e de uma nova praça de eventos com mais de 3 mil metros quadrados são outros dos aspetos em destaque.
Recorde-se que o primeiro concurso público para a requalificação do Largo do Rossio e a construção do parque de estacionamento subterrâneo acabaria por ser anulado, em julho de 2020, uma vez que nenhuma das propostas apresentadas cumpria os preceitos legais para a sua adjudicação. A câmara de Aveiro avançaria de imediato com novo procedimento, desta vez, com valor base de 11,7 milhões de euros.
Juntos pelo Rossio avança com nova providência cautelar
Já durante a manhã desta quinta-feira, dia 21 de janeiro, o movimento Juntos pelo Rossio que, desde a primeira hora, tem lutado contra a concretização deste projeto, tinha avançado com nova providência cautelar no sentido de suspender a adjudicação, que classifica como o “derradeiro insulto aos aveirenses”.
O movimento insiste na “inutilidade” de um projeto desta natureza, frisando a “instabilidade dos solos daquela zona e o perigo real que se criará para o edificado”, afirmando que o mesmo afetará irremediavelmente a restauração e comércio locais, bem como a qualidade de vida dos moradores.
A câmara municipal assegura a utilização das “mais modernas e seguras técnicas disponíveis” em toda a obra, particularmente, na construção da cave, e compromete-se a desenvolver “um trabalho intenso de informação e marketing sobre o desenvolvimento do concurso e da obra, para que todos possam cuidar do planeamento das suas atividades e para que a gestão dos constrangimentos seja feita com a máxima atenção e qualidade”.
Em comunicado, o Juntos pelo Rossio lembra também que “o parque subterrâneo Marquês de Pombal, a cinco minutos a pé e com quase quinhentos lugares de estacionamento disponíveis, continua, na sua maior parte, vazio, durante quase todo o ano” e põe em causa a “entrega de mão beijada” de um parque de estacionamento municipal – o parque de estacionamento municipal do mercado Manuel Firmino – a uma empresa privada.
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