Não há dia que se ande na estrada, seja de que forma for, e não se veja, pelo menos, um ciclista equipado com as cores e a camisola da Love Tiles Cycling Sports Team. Ao fim-de-semana essa sensação aumenta exponencialmente, levando-nos a pensar qual o conceito associado a um projeto que, de repente, passou a ser como que uma companhia diária.
Foi em busca dessas respostas que a Aveiro Mag foi falar com Carlos Fernandes, um dos principais rostos da equipa de ciclismo desportivo da Love Tiles, que explicou a forma como um “núcleo pequeno e familiar” se transformou num projeto com cerca de 350 atletas, de todo o país, com idades compreendidas entre os 7 e os 81 anos.
O projeto surgiu em que ano?
O projeto da equipa Love Tiles Cycling Sports Team arrancou em 2015, numa fase inicial, com um núcleo pequeno e familiar, mas em poucos anos viu crescer o conceito e o número de atletas.
Qual foi o conceito inerente à sua criação?
Há uma sensação de liberdade presente neste desporto que nos coloca a pedalar durante horas, seja em grupo ou sozinhos. Mas o que nos liga é, sobretudo, o amor ao desporto e à modalidade do ciclismo. Quem gosta de pedalar, sabe do que falamos. Quem não sabe, ainda vai a tempo de descobrir.
Foi destinado apenas a funcionários da empresa Love Tiles e depois expandiu? Ou não esteve em equação?
O projeto arrancou de dentro para fora e com apenas um pequeno grupo interno. Quando começou estávamos longe de imaginar que ganharia a dimensão que tem atualmente. Mas quando entrei na empresa, a dinâmica da equipa também mudou. Começámos a desenvolver os equipamentos de outra forma e o projeto começou a acolher atletas de todo o país.
Qualquer pessoa pode “vestir a camisola” de uma forma amadora?
Sim, qualquer pessoa pode fazer parte da equipa. Não há qualquer limitação para pertencer à Love Tiles Cycling Sports Team e prova disso é que não temos parado de crescer todos os anos.
Há alguma condição obrigatória?
Para pertencer à equipa basta apenas que seja convidado por um dos sócios já existentes da Love Tiles Cycling Sports Team. Depois disso, podem enviar um pedido ao nosso diretor desportivo, preencher um formulário de inscrição, que explica com detalhe os benefícios de pertencer à equipa, acesso a descontos ou parcerias e o pagamento das cotas anuais.
Qual o número de atletas que apenas a vestem de forma amadora?
Neste momento temos cerca de 350 atletas.
Têm equipa de competição?
Não temos uma equipa vocacionada apenas para provas. Esse nunca foi o nosso objetivo. Os nossos atletas inscrevem-se nas provas que melhor se adaptam ao seu estilo, à sua performance e ao seu rendimento. Nos principais granfondos nacionais – e alguns internacionais – convidamos os atletas mais experientes a participar, pois sabemos que são provas onde, por causa do treino que desenvolvem ao longo do ano, vão subir ao pódio.
Mas com treinador? Ou competem com o nome da equipa, mas treinam de forma individualizada?
Competimos de forma individualizada e treinamos de forma livre. Uns preferem o treino em grupo, outros optam por treinar sozinhos e há atletas que têm o seu próprio treinador. Não há nenhum plano de treino, embora antes da pandemia tivéssemos sempre treinos marcados ao sábado e ao domingo para grupos.
Qual o escopo de idades? O mais novo? O mais velho?
Temos dos atletas mais novos aos mais velhos. O mais jovem com 7 anos e o nosso atleta mais velho tem 81 anos.
Quais os motivos para essa aposta?
Não há nenhuma estratégia envolvida, mas ter uma versatilidade de idades faz com a presença em pódios por escalão ou categoria e até mesmo por género, seja uma constante nesta equipa. Além disso, também nos permite ter atletas a competir em diferentes distâncias das competições, como é o caso dos minifondos, mediofondos e granfondos.
Que três momentos importantes na vida da equipa nestes anos todos se podem destacar?
Se tivesse que escolher três momentos diria que os nossos convívios anuais são parte do nosso ADN. Juntamos atletas e famílias para celebrar e conhecermo-nos fora da estrada. O outro momento alto é, claro, sempre que temos atletas a fazer pódios. É um orgulho assistir a esses momentos tão especiais. E, finalmente, diria que o nosso evento de apresentação oficial do equipamento espelha bem a nossa dedicação e a nossa força como equipa. Celebramos, juntos, o melhor do ciclismo e o melhor que esta equipa tem: ser uma verdadeira família.
Esta equipa tem apenas a vertente de ciclismo?
Nos últimos anos decidimos alargar a nossa marca a outros desportos igualmente exigentes e que nos pareceram ser uma boa aposta. Falo do atletismo e do trail, que têm equipamentos próprios, do BTT, onde estamos prestes a entrar nas competições nacionais, e na nossa equipa Zwift, que faz competições indoor e a partir de casa.