
Criação de novas empresas cai 47% no distrito de Aveiro
De acordo com um estudo feito pela InfotrustGo, entre o primeiro trimestre de 2019 e o período homólogo de 2021, foram criadas menos 60 empresas (47.24%) no distrito de Aveiro. Esta é uma das principais conclusões da maior empresa fornecedora de soluções empresariais em Portugal, que procurou analisar a dinâmica empresarial do país no primeiro trimestre entre 2017 e 2021.
Estes dados merecem destaque na medida em que a redução no número de novas constituições, observada no primeiro trimestre de 2020, não poderá ser justificada pelo atual contexto pandémico, realça a InfotrustGo.
Ainda assim, os setores de atividade que registaram um maior número de novas constituições no primeiro trimestre entre 2019 e 2021 foram os serviços (86), o comércio a retalho (39) e restauração e turismo. No sentido inverso, os setores de atividade que registaram nenhuma ou poucas empresas, nos últimos dois anos, foram administração pública (0), eletricidade, gás e água (1), informação e telecomunicações (2).
Aveiro foi o 4º distrito com mais insolvências
Nos últimos cinco anos, o distrito de Aveiro contabilizou 256 empresas que, por decisão do tribunal, ficaram incapazes de cumprir com as suas obrigações. Com pior cenário, ficaram os maiores distritos do país, com o Porto a registar 737 insolvências, Lisboa (708) e Braga (400).
No que diz respeito à realidade do distrito de Aveiro, os concelhos mais afetados foram o de Oliveira de Azeméis (44), a capital de distrito Aveiro (35) e Ovar (16). Por outro lado, Murtosa, Estarreja, Espinho e Castelo de Paiva não contabilizaram tantos encerramentos de empresas por obrigatoriedade do tribunal (1 e 3 insolvências, respetivamente).
Ainda segundo o estudo avançado pela InfotrustGo, entre o primeiro trimestre de 2020 e o período homólogo de 2021, houve mais do dobro de empresas extintas. No ano passado, ainda antes do primeiro caso de Covid-19 ter sido identificado em Portugal, foram extintas 275 empresas, um ligeiro aumento face ao ano transato. Porém, foi já em plena pandemia, que fecharam 651 empresas só no primeiro trimestre de 2021 (mais 57.8%).
Aveiro (322), Oliveira de Azeméis (171), Ovar (146) e Águeda (136) destacam-se no contexto do seu distrito por terem sido os concelhos onde se registaram o maior número de empresas extintas por decisão dos sócios.