Ílhavo volta a transmitir alegria nos dias 10, 11 e 12 de julho com o Festival Rádio Faneca. Esta oitava edição será “totalmente diferente das anteriores”. Adaptada ao momento de pandemia, mas também de desconfinamento progressivo que vivemos, esta edição “mantém quase todos os seus projetos de base, mas reajusta-os de acordo com as medidas de higiene e segurança que esta fase exige”.
O 23 Milhas, responsável pela organização deste evento, assegura que o acesso ao festival será “condicionado” e que o mesmo “cumpre todas as regras e orientações concertadas com a Direção Geral de Saúde.
O festival Rádio Faneca tem ocupado o centro histórico da cidade de Ílhavo, com forte presença nos becos e no Jardim Henriqueta Maia. No entanto, este ano, o epicentro será a Casa da Cultura de Ílhavo (CCI), com especial ênfase para a sua praça ampla e, no caso do concerto da Bida Airada, para o seu auditório. Sob o tema da casa e da mudança, que era já anterior ao período de confinamento, o festival reflete sobre a forma como os espaços se transformam quando os habitamos, os preenchemos e os desenhamos para se tornarem casas.
Os concertos de Clã (10 de julho) e Dead Combo (11 de julho) asseguram parte da componente musical do festival. Os espetáculos acontecem ao ar livre, mas os lugares são sentados. As entradas na praça da CCI terão um custo simbólico, serão controladas e têm uma lotação limitada.
O festival continua, apesar dos condicionamentos, a apostar nos projetos especiais. A rádio mantém-se como centro de tudo com emissão durante os três dias do festival, mantendo um palco associado e recebendo não só programas como o “O Grito e o Cochicho”, de Catarina Machado, e um episódio especial dos Fumaça, ao vivo, mas também os concertos de Maria Reis, Old Mountain e Himalion. O horário da rádio será reduzido, bem como a plateia possível, mas será possível ouvi-la, em direto, na página do festival no Facebook e também em frequência FM.
O projeto Bida Airada, orientado pelos ondamarela, que têm trabalhado com a comunidade ilhavense nas últimas semanas, mesmo em quarentena, apresenta um espetáculo no auditório da Casa da Cultura de Ílhavo no último dia do festival (12 de julho). É também em comunidade que se mantém o projeto Casa Aberta, com a orientação artística da Burilar, e que se transforma num percurso exterior pelas casas aderentes, mantendo a distância de segurança, mas promovendo, mesmo assim, o encontro.
As já habituais Histórias nos Becos, trabalhadas este ano por Graça Ochoa, acontecerão no Largo da Amália, nas traseiras do edifício da Câmara Municipal. Além destes projetos, nota ainda para os tradicionais Jogos do Hélder, que se mantém, embora totalmente adaptados à nova realidade que vivemos.
As entradas no Rádio Faneca requerem a aquisição de um bilhete, que é pago no caso dos concertos dos Clã e dos Dead Combo. A receita da bilheteira reverte para o Lar de São José. Os bilhetes, com o custo unitário de €2,00, ficarão disponíveis na Casa da Cultura de Ílhavo e na bilheteira online da BOL.