Perante a “total ausência de medidas de investimento na bicicleta” no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), a Ciclaveiro decidiu aproveitar a consulta pública ao documento para reclamar “que se faça uma aposta sustentada na mobilidade ciclável e a adoção de medidas desincentivadoras do uso do automóvel particular”.
No documento endereçado ao governo – e que está disponível no website da Ciclaveiro -, a associação aveirense apresenta em conjunto de propostas “no âmbito da mobilidade escolar, planeamento e construção de infraestrutura para o uso da bicicleta, incentivos à colocação de estacionamentos seguros para bicicletas junto de comércio, serviços, escolas, zonas residenciais e zonas de interface com o transporte público, incentivos à produção industrial da bicicleta, à sua aquisição e manutenção e incremento de medidas de segurança rodoviária de proteção dos peões e dos utilizadores da bicicleta”.
Tudo com o objetivo de se conseguir uma redução significativa de custos económicos com infraestruturas rodoviárias, congestionamentos, sinistralidade rodoviária e sistema público de saúde, de custos ambientais com redução de consumo de combustíveis fósseis, emissões de gases poluentes e de poluição sonora, e de custos sociais com aumento de qualidade de vida, reforço de laços comunitários, impulso do comércio local e redistribuição do uso do espaço público.