A 5.ª edição da Milha - Festa da Música e dos Músicos de Ílhavo -, que decorreu no passado fim-de-semana, em Ílhavo e na Gafanha da Nazaré, ficou marcada pelas criações exclusivas e pelos concertos (um deles, em estreia absoluta), bem como por uma conversa sobre o Programa de Apoio à Produção Local que surgiu no prolongamento do festival.
“5280 pés”, a segunda criação da Companhia Jovem de Dança de Ílhavo, dirigida por São Castro e António Cabrita, celebrou mais uma vez a relação do 23 Milhas com as escolas de dança locais e a integração dos seus alunos num contexto de trabalho profissional; “Trégua”, de José Valente com a Orquestra Filarmónica Gafanhense, estreou-se ao vivo. Uma criação que contou com o apoio do 23 Milhas e cujo disco, editado pela Antena 2, se encontra já disponível nas plataformas digitais e à venda em edição física.
“A Milha assume-se, cada vez mais, como um evento de futuro”, reitera o 23 Milhas, em comunicado de balanço ao evento. Para Luís Ferreira, a Milha “atingiu a maturidade” e “é um evento muito particular no território que já alcançou uma fasquia muito alta e, partindo de dentro, já conquistou mais do que a região”. Para o projeto cultural ilhavense, “estes três dias foram o culminar de meses de trabalho de centenas de artistas, membros de associações e agentes locais, mas a ideia é que seja sempre o início de algo mais. Já o foi no caso da Companhia Jovem de Dança de Ílhavo, do Programa de Apoio ao Setor Local, que inclui o Bairro (pólo cultural do Laboratório das Artes do Teatro da Vista Alegre) e a PRAIA (plataforma de registo e divulgação de artistas ilhavenses), entre muitas outros projetos lançados pela ideia da Milha e de um apoio estruturado e alargado à produção local”.
*Fotos: João Roldão