João Manuel Oliveira*
O que desejo, expresso no título, é algo que para muitos portugueses, já o foram 2020 e 2021. Anos de mudança.
Conviver com uma pandemia mundial. Mudar de hábitos – desde o simples toque ao beijo, dos convívios às saídas. Para muitos, ficar em casa pela primeira vez em anos. Para alguns, ficar desempregado e junto com “aquela” família. Conviver com os que já não suportavam. Viver numa ilusão que uma simples vacina ou medicamento milagroso nos devolveria a normalidade.
2020 e 2021, mercê dos confinamentos foram, igualmente, anos de análise pessoal, mais tempo para analisar as consequências do que se faz ou do que se fez. Para outros, todavia, as dificuldades financeiras foram notórias e sentiram o espectro da pobreza, mais perto do que nunca.
Continuar a aproveitar o bom que estes dois anos nos deu. Seja na mudança de hábitos, seja nas pessoas que descobrimos ou aquelas que foram. Nas competências que adquirimos e nos trabalhos que perdemos. Saber estruturar melhor as ideias também foi algo que estes dois anos nos permitiram…
Por isso desejo que 2022 seja um ano de mudança. Deixemos os extremismos saloios do NÓS/ELES amplificados pelas redes sociais. Aproveitemos as ferramentas que estes dois anos que passaram nos deram – maior capacitação tecnológica, maior resiliência, mais empatia – e que transformemos este pecúlio em algo concreto, algo de bom para 2022.
Q.S.C.N.D – Que o Santo Covid Nos Deixe.
*João Manuel Oliveira é assessor de imprensa e criador do podcastMagnum Wine Club