De 5 a 8 de maio, o Ilustração à Vista regressa a Ílhavo para “desenhar o território”, em quatro dias de um festival que cria experiências marcadas pela fusão da ilustração com as artes performativas. Destacando-se pela sua lógica interdisciplinar, o festival integra na sua programação formas inesperadas de desvendar as artes visuais: através da música, dança, arte urbana, exposições, teatro de rua ou oficinas.
A quarta edição do Ilustração à Vista apresenta uma programação marcada pela temática da água, com seis concertos especiais, dois deles inéditos, cinco performances (desde teatro a um percurso encenado), três exposições, três oficinas e uma feira do livro ilustrado.
Na música, nota para a estreia do concerto de Tiago Nacarato ilustrado ao vivo por Valerio Giovannini (7 maio), do cine-concerto dos Sensible Soccers (8 de maio) que criaram uma banda sonora para o filme “Douro, Faina Fluvial” (1931), de Manoel de Oliveira, a estreia do projeto “Miura” (6 de maio) de João Fino, o concerto “Sons de Resistência” (7 de maio) de Luís Bittencourt, o espetáculo “Textures & Lines” (7 de maio) de Drumming GP, Joana Gama, Luís Fernandes e Pedro Maia e “As árvores não têm pernas para andar”, de Joana Gama. Todos estes concertos têm uma forte componente visual.
Nas performances, destaque para “PALAPHITA” (8 de maio) da Pia Projetos de Intervenção Artística, o espetáculo “Quem matou o meu pai” (8 de maio), por Teatro Nova Europa, a instalação performativa “Entre” (6 de maio), de João Pedro Fonseca e o percurso performativo “Guarda Rios” (6 a 8 de maio), do coletivo West Coast. Estes espetáculos são também intervenções no espaço público, que cumprem um dos objetivos do Ilustração à Vista, desenhar o território, promovendo experiências diferenciadas em lugares comuns e incomuns e encorajando a comunidade a pensar o seu papel no território e o território no seu dia a dia.
No terceiro dia do festival, a noite termina com a performance do ilustrador catalão Toni Ortiz (na foto), acompanhada pelo dj set dos Paranhos Collection.
O festival conta ainda com três exposições, uma sobre a obra de João Carlos Celestino Gomes, a “Atividário Dança”, da Pato Lógico e “Os sonhadores de Paisagens”, de Joaquim Marques. Nota ainda para as oficinas, com a “Terceiras Impressões - AGIL imprime Pilar Mackenna”, da AGIL, Associação Gráfica Ilhavense e uma oficina de pintura cerâmica da Vista Alegre. No Ilustração à Vista, inaugura-se ainda, na Biblioteca Municipal de Ílhavo, uma feira do livro ilustrado.
O festival é organizado pelo 23 Milhas, projeto cultural do Município de Ílhavo, em parceria com a Biblioteca Municipal de Ílhavo, o Museu da Vista Alegre, o Centro de Documentação de Ílhavo e o Museu Marítimo e acontece nos vários espaços culturais, jardins, praças e outros lugares do Município. Além da programação para o público em geral, há ainda atividades com as escolas e com outros grupos organizados. Todo o festival é gratuito.