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Ruy de Carvalho e Diogo Infante no Centro de Artes de Águeda

Palcos

A programação para o último quadrimestre do ano no Centro de Artes de Águeda (CAA) inclui grandes nomes do teatro nacional, bem como a irreverência da comédia stand up, a beleza da dança contemporânea e a musicalidade de vários quadrantes, sem esquecer a aposta na descentralização cultural, com espetáculos que vão decorrer “fora de portas”.

“De entre a programação que ao longo do ano apresentamos, uma das nossas apostas centrais está na promoção e dinamização cultural ‘made in’ Águeda, na afirmação de Águeda como um concelho produtor de arte e cultura, que se traduz na co-produção de espetáculos, no apoio e na criação de parcerias com estruturas e coletividades culturais locais”, disse Edson Santos, Vice-Presidente da Câmara de Águeda, enumerando que, neste quadrimestre, em “cena” irão estar espetáculos da Orquestra Típica de Águeda e Grupo Folclórico da Região do Vouga, do Conservatório de Música de Águeda e os que resultam das parcerias com a Pauta Humana para o concerto da Orquestra de Jazz de Águeda, com a d’Orfeu para o Gesto Orelhudo e com a Banda Nova de Fermentelos para o “Musicais de uma Vida”.

Em concreto, o quadrimestre inicia com “A Filha do Ferreiro” (dia 10, às 21h30), um espetáculo promovido pela Orquestra Típica de Águeda e pelo Grupo Folclórico da Região do Vouga, que conta com o apoio do município de Águeda e que, em formato de opereta, junta em palco cerca de 50 elementos, entre atores/cantores, um coro cénico e uma orquestra.

A Orquestra de Jazz de Águeda (dia 16, às 21h30), proporcionará também um concerto, num reportório que conta com alguns clássicos para Bigband, composições de músicos contemporâneos e arranjos inovadores de obras de autores portugueses.

Ainda no mês de setembro, o CAA receberá um dos nomes maiores da representação nacional, Ruy de Carvalho, que apresentará, em Águeda, no dia 30 (21h30), a peça “A Ratoeira”, onde divide o palco com o neto, Henrique de Carvalho e ainda Daniel Cerca Santos, Elsa Galvão, Filipe Crawford, Luís Pacheco, Sara Cecília e Sofia de Portugal.

Centenário da Banda Nova de Fermentelos

Em Outubro, um dos grandes destaques do cartaz cultural do CAA é o 21.º Festival Gesto Orelhudo (entre os dias 5 e 8) e a exposição “(Im)materiality”, que vai estar patente no Espaço Expositivo de 1 de outubro a 15 de janeiro do próximo ano. Esta exposição conta com a curadoria de Graça Rodrigues, Sónia Ribeiro, Katherine Sirois, Lourenço Egreja e Diogo Bento e expõe, através de três núcleos distintos, uma conjugação significativa de meios que vão da pintura ao desenho, passando pela escultura, pela fotografia e pela instalação.

Esta exposição única e a não perder promove uma reflexão em torno dos conceitos de materialidade e imaterialidade, destacando a obra de cerca de 40 artistas provenientes de uma grande variedade de origens culturais e geográficas - incluindo Portugal, Angola, Moçambique, África do Sul, RDC, São Tomé e Príncipe, Burkina Faso, Namíbia, Holanda, Alemanha e Brasil - cujas práticas ultrapassam fronteiras espaciais e técnicas.

A Banda Nova de Fermentelos convidou FF e Sofia Escobar para, sob a batuta do maestro Orlando Rocha, assinalar o seu centenário, prometendo um espetáculo ímpar onde serão entoados os “Musicais de uma vida” (dia 15 de outubro, às 21h30).

Neste mês, haverá ainda teatro e comédia, com os “Monólogos da Vacina”, um espetáculo que promete ter fibra (dia 21, às 21h30), com João Baião, Cristina Oliveira, Telmo Miranda, Mané Ribeiro e Susana Cacela, e “TEMAS”, de Gilmário Vemba (dia 28, às 21h30), o seu mais recente espetáculo que promete surpreender.

Em novembro, o CAA acolherá a Ópera “La Traviata” (dia 4, às 21h30) e o Concerto Santa Cecília, pelo Conservatório de Música de Águeda (dia 27, às 17h). Encenada e protagonizada por Diogo Infante, “O amor é tão simples” conta com a interpretação de Ana Brito e Cunha, Ana Cloe, António Melo, Cristóvão Campos e Flávio Gil e vai estar em palco no dia 12, às 21h30.

No dia 18 (21h30), o CAA receberá “Sinais de Pausa”, um espetáculo de dança que comemora o centenário do nascimento de José Saramago, o prémio Nobel da Literatura cujas obras, como “Ensaio sobre a Cegueira”, “As intermitências da Morte”, “Memorial do Convento”, “Objeto Quase” ou “A Viagem do Elefante” inspiraram os autores São Castro e António M. Cabrita.

Um dos grandes espetáculos deste quadrimestre evidencia a aposta municipal na descentralização da cultura, levando arte a outros espaços da cidade. É o que vai acontecer no dia 9 de novembro, com o Grupo Choro de Aveiro que vai atuar na Casa do Adro, a partir das 21h30, no âmbito dos Festivais de Outono 2022, da Universidade de Aveiro.

Para dezembro, o destaque vai para a peça “Zoo Story”, com apresentação dupla (dia 9, às 10h30, para 3.º ciclo do Ensino Básico, e 21h30 para público em geral). Este é um espetáculo em Língua Gestual Portuguesa, legendado em português e com autodescrição em todas as sessões. Trata-se de uma co-produção do Centro de Artes de Águeda e a Terra Amarela e que conta com várias atividades, nomeadamente oficinas de criação teatral participativa (dias 7 e 9 de dezembro, às 18h e 14h30, respetivamente) e o seminário “Acesso Cultura” (dia 9, às 18h).

De referir ainda o espetáculo de stand up de Luís Franco Bastos, com o seu mais recente espetáculo “Diogo”, agendado para dia 17 de dezembro, às 21h30.

Ciclo “Quinta às 7” e Projeto Educativo

No âmbito do ciclo “Quinta às 7”, que acontece uma vez por mês, às quintas-feiras, às 19 horas, o CAA receberá, neste quadrimestre, Perpétua (dia 22 de setembro), Jasmim (dia 13 de outubro), Captain Boy (dia 10 de novembro) e Chefe Silva (dia 15 de dezembro).

Neste quadrimestre, o CAA inicia ainda um novo ciclo de programação do Projeto Educativo e Mediação de Públicos, dirigido a crianças e famílias e que terá uma periodicidade mensal, sempre a um domingo, às 17 horas. Arrancará com Tangerina (dia 25 de setembro), que será precedido de uma oficina para pais, professores e educadores, onde serão explorados os materiais e processos de criação do espetáculo e que irá decorrer acontecer na Biblioteca Municipal Manuel Alegre (dia 24 de setembro, às 10h30). Seguir-se-á Mundo ao Colo (dia 16 de outubro), o teatro de marionetas “O meu avô consegue voar” (dia 20 de novembro) e “Ficar a ver estrelas” (dia 18 de dezembro).

Ainda no âmbito do Projeto Educativo, “O Fio da Macaquinha”, pela Companhia de Dança de Almada, dirigida ao 2.º Ciclo do Ensino Básico das escolas do município, será mais uma das apostas para o mês de outubro (dia 27, às 10h30) e a oficina – “A dança e a literatura”, de Catarina Câmara –, que envolve as escolas do concelho, está agendada para os dias 29 e 30 de novembro.

Para mais informações, consultar as páginas do CAA na Internet, em www.centroartesagueda.pt, e no Facebook, em https://www.facebook.com/centroartesagueda.

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