É oficial: a partir de hoje, 9 de agosto, aveirenses – e não só – poderão perder-se na imensidão muito para lá das prateleiras de uma loja FNAC no interior do Forum Aveiro, em pleno coração da cidade.
Com dois andares e 1.500 metros quadrados de área, esta, que é a 31.ª loja do grupo em território luso, representa um investimento de um milhão e 800 mil euros e a criação de 50 postos de trabalho diretos e 20 indiretos. Nuno Luz, diretor geral da FNAC Portugal, afirma que a loja, como espaço capaz de proporcionar aos clientes uma experiência mais genuína, vem “reforçar a missão da FNAC, que é ser a marca de preferência para descobrir e partilhar a paixão pela cultura, pela tecnologia e pelo lazer”.
A cidade dos moliceiros está, assim, aberta ao vasto mundo que cabe dentro de um espaço cultural onde existem 20.000 referências disponíveis com stock em loja, uma livraria com duas áreas de leitura – para quem procura sentar-se, sem pressa de partir ou comprar –, um café com esplanada, o Fórum FNAC, com eventos gratuitos todos os dias, um serviço de revelação imediata de fotografias, uma clínica FNAC – para curar maleitas tecnológicas –, as áreas de Home & Design, onde não faltam pequenos eletrodomésticos e uma oferta de mobilidade urbana que inclui trotinetes elétricas e overboards, e mais.
Gonçalo M. Tavares, escritor e padrinho da loja, diz que a FNAC é um espaço invulgar, que consegue, por entre a surdez em que vivemos, criar debate, reflexão e discussão, havendo nela um espaço daquilo a que o poeta e romancista chama de “discordância elegante”.
A inauguração da FNAC Aveiro – dois comboios numa só direção
A FNAC Aveiro, que está instalada onde outrora muitos se sentaram em frente ao grande ecrã, foi inaugurada no dia 8 de agosto, num evento que contou com a presença de Nuno Luz, diretor geral da FNAC Portugal, Filipa Pereira, diretora do Fórum Aveiro, Gonçalo M. Tavares, escritor e padrinho da FNAC Aveiro, Jacinta, cantora jazz e madrinha da loja, e José Ribau Esteves, presidente da câmara de Aveiro.
Por entre as várias palavras de alento e agradecimento nos discursos anteriores ao cair da cortina, foi feito um bonito paralelismo entre a abertura da loja e dois comboios que partem na mesma direção. Contou Gonçalo M. Tavares, escritor que se fez adulto em Aveiro, a história de dois comboios que vinham em sentidos opostos e pararam no cais de uma estação. No interior de um, havia um homem à janela e, de outro, uma mulher. Os dois trocaram um olhar tão forte, conta, que, quando os comboios arrancaram, arrancaram na mesma direção. “A abertura de uma FNAC em Aveiro, a abertura de um espaço cultural num mundo que se está a transformar num mundo selvagem, é realmente um gesto semelhante a este olhar entre dois apaixonados que mudam a direção de um comboio”, revela o autor, um gesto capaz de "romper aquilo que parecia um mecanismo infalível”.
Aveiro precisava dessa rutura. Apontou Ribau Esteves que “somos cidade mais capaz, mais culta, mais atrativa porque passamos a ter FNAC” naquele que é um centro comercial também ele diferente e vibrante, que, nas palavras da diretora do Forum Aveiro, “trabalha a experiência das pessoas” que nele procuram mais.
No evento de inauguração, para lá das palavras faladas, houve também delas escritas – sob a forma de autógrafos, por Gonçalo M. Tavares – e cantadas: Jacinta, a cantora de jazz que, da Gafanha da Nazaré cresceu rumo aos palcos do mundo, fez uma poderosíssima atuação no Fórum FNAC, convidando os mais pequenos a sentarem-se junto ao palco e todos, sem exceção, a viajarem por entre o seu inequívoco swing e a destreza do pianista.