Mais de sete mil pessoas passaram pelo LEME - Festival de Circo Contemporâneo, que proporcionou mais de 30 espetáculos e uma conferência internacional, em vários espaços do Município de Ílhavo, entre 30 de novembro e 4 de dezembro, consolidando o seu reconhecimento internacional como ponto de encontro do circo contemporâneo.
Para a vereadora da Cultura do Município de Ílhavo, Mariana Ramos, “esta edição só veio comprovar a qualidade e a diversidade das dezenas de propostas e artistas de vários países que passaram por um palco comum: o território ilhavense”.
Destaque para as estreias nacionais, os espetáculos da categoria Navegar (que integra estudantes ou novos criadores de circo em Portugal), a estreia absoluta da criação “(em)quadrados”, dos Team Braga, a antestreia de “Frequência”, de Leonardo Ferreira, espetáculo que culminou com uma residência artística no LEME, sendo uma coprodução com o festival. Nota ainda para a integração de novos espaços no mapa do festival, como a EB 2,3 da Gafanha da Encarnação, o Pavilhão Municipal Capitão Adriano Nordeste, em Ílhavo, ou o Cais Criativo da Costa Nova, que despertaram novos públicos para o circo contemporâneo.
As escolas de circo portuguesas voltaram a aderir em números significativos ao LEME, tendo registado a presença de várias dezenas de alunos de circo contemporâneo. Também a EB 2,3 da Gafanha da Encarnação acolheu não só o espetáculo “(em)quadrados”, mas também oficinas de parkour com os Team Braga. Mariana Ramos destaca o “contacto com a comunidade escolar que reafirma o festival como um momento de formação de novos públicos e de introdução à experiência das artes performativas”.
O DIVE #2, evento imersivo de partilha e debate da Circostrada Network, aconteceu pela primeira vez em Portugal, em parceria com a organização do LEME e com a Acesso Cultura, tendo promovido ao longo de três dias o debate sobre inclusão, acessibilidade e invisibilidade nas artes, com a presença de 75 profissionais de vários países.
A vereadora da Cultura considera que o festival “cumpriu o objetivo de refletir sobre o tema dos corpos diversos, reforçando a necessidade de trabalhar uma cultura em que haja lugar para todos”. Mariana Ramos destaca ainda a performance de Dj Punk, Fausto Sousa, utente da Associação de Paralisia Cerebral de Coimbra (APCC) e vocalista da banda 5ª Punkada, que atuou na festa de 3 de dezembro, dia em que se assinala o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência.
* Créditos da foto: João Garcia Neto