A Câmara Municipal de Aveiro apresentou, esta quinta-feira, a programação de Aveiro, Capital Portuguesa da Cultura 2024. O presidente da Câmara, José Ribau Esteves, e o coordenador de Aveiro 2024, José Pina, deram a conhecer os momentos-chave do próximo ano, bem como o programa do primeiro trimestre. Tendo como mote “O ano como palco. Um cenário infinito”, Aveiro 2024 tem por objetivo confirmar Aveiro como um lugar de cultura, de criação e de apresentação artística, propondo um calendário intenso de atividades nas mais diversas áreas.
Para Ribau Esteves, é uma “honra” Aveiro ser a primeira Capital Portuguesa da Cultura: “Seremos o ponto de encontro da cultura em Portugal no próximo ano e aguardamos a visita de todos para comemorarem connosco a cultura e a identidade portuguesa, presente em todo o mundo.”
A estratégia de Aveiro 2024 foi pensada na interligação da cultura com desafios do mundo de hoje, materializados em quatro temas ao longo dos trimestres. O ano começa com o tema cultura e identidade, seguindo-se cultura e democracia, ficando para os seguintes trimestres os temas cultura e sustentabilidade e cultura e tecnologia.
Sete áreas como espinha dorsal de Aveiro 2024
Os temas de cada trimestre serão abordados a partir de sete linhas de programação, cada uma com conteúdos criados à medida de Aveiro 2024. Artes Performativas, Exposições, Cinema, Literatura, Espaço Público, Gastronomia e Pensamento são as áreas que formam a espinha dorsal da programação de Aveiro 2024, com um conjunto de encomendas pensadas para cada um dos temas trimestrais.
Nas Artes Performativas, o tema Cultura e Identidade será abordado no espetáculo “Pieris Napi”, dos Papillons d’Éternité (Tânia Carvalho e Matthieu Ehrlacher), que envolve o Grupo Folclórico da Casa do Povo de Cacia. Já o tema Cultura e Democracia será assumido por Marcos Barbosa, num espetáculo intitulado “Código Postal” com intervenientes de várias geografias. Para a Cultura e Sustentabilidade haverá uma proposta a juntar Né Barrros, João Martinho Moura, os Fahr 021.3 e Vivien Ingrams, que tem por título “Gravidade”. Por fim, a Cultura e Tecnologia será abordada por Yola Pinto e Simão Costa no seu novo espetáculo “O Meu Corpo Não é Só Uma Instância”.
Na área expositiva, o ano arranca com “Sal de Aveiro, Sal do Mundo”, uma proposta que aborda um ícone da região. Para o segundo trimestre, em que se assinalam os 50 anos do 25 de abril, está marcada a exposição “O Exercício da Liberdade – Obras da Coleção de Serralves”, com curadoria de Joana Valsassina. No trimestre da Cultura e Sustentabilidade terá lugar a exposição “Imaginário Coletivo: Obras da Coleção de Arte Contemporânea do Estado”, com curadoria de Sandra Vieira Jürgens, e os meses da Cultura e Tecnologia serão preenchidos por uma instalação multimédia encomendada a Vicki Bennett (People Like Us).
Na área do Cinema, cada um dos trimestres contará com uma curta-metragem realizada para Aveiro 2024 e pensada para responder aos temas trimestrais. A sequência começa com “Noites de Cinema”, de Luís Diogo, seguindo-se “Experimenta Música”, de António Costa Valente, “Por Detrás da Porta”, de Ana Carolina d’Antas, e “Aqui | Here em Aveiro”, de Joaquim Pavão. Em cada uma destas sessões serão ainda exibidos filmes históricos relacionados com os temas de cada trimestre, numa parceria com a Cinemateca Portuguesa.