Os projetos Vaiapraia (26 julho), Batida (2 agosto) e EU.CLIDES (9 agosto) são os nomes da edição deste ano do Cais à Noite. O ciclo de música eletrónica acontece desde 2017, no espaço descontraído do Cais Criativo da Costa Nova, junto à praia, e é organizado pelo 23 Milhas, projeto cultural do Município de Ílhavo.
Com licença para dançar, mas também para cantar alto, celebra-se e protesta-se ao som de três artistas muito diferentes nos estilos, entre o rock, o punk, o house, o kuduro, o gospel e a pop, mas com algo em comum: a cantiga é uma arma.
Vaiapraia começou pelas gravações lo-fi no seu quarto em direção a um destino com várias paragens. Em 2020, lançou “100% Carisma”, disco de “Fogo Fera”, cantiga rápida de festa e potência com que incendiou as massas. Em 2023, lançou o EP “Estrelas e Trovóes”, com quatro canções gravadas à lareira com Júlia Reis, na sua casa na aldeia de Vilar Seco. Hoje em dia, Vaiapraia é e já foi muitas coisas, mas afirma-se sobretudo como “um projeto de amor, em que o processo social acompanha o criativo, e onde cabem fãs, artistas, amigues e transeuntes desta vida”.
Batida, que no Cais à Noite se apresenta em dj set, é o projeto de Pedro Coquenão. Em Londres, tornou-se o primeiro artista português e angolano a protagonizar uma sessão do Boiler Room. Na BBC 6 Music, foi elogiado pelo radialista e dj francês Gilles Peterson por estar “noutro nível na forma como se apresenta em espetáculo, como cria música, quer em dj set, quer em performance ao vivo, resumidamente: pela forma como gere a sua cena”. Em 2023, Batida fez uma série de performances especiais com Branko, Poté, Dj Dolores e um inédito com Bonga, todos participantes no seu disco mais recente “Neon Colonialismo”.