Quando se fala da história da Vista Alegre, lugar e fábrica, há dois nomes que vêm, desde logo, à tona: D. Manuel de Moura Manuel e José Ferreira Pinto Basto. O primeiro, foi quem ali mandou erigir um belíssimo templo, a Capela de Nossa Senhora da Penha de França, ainda antes da fundação da fábrica. O segundo, foi o empreendedor que ousou criar a primeira fábrica de porcelanas de Portugal. Não obstante os anos que separaram a vida de um e de outro, esta quinta-feira à noite, 4 de julho, bispo e fundador da Vista Alegre irão “juntar-se” para “medir forças” e ver quem foi a personalidade mais importante daquele lugar. São eles as figuras centrais da mais recente produção do Grupo de Teatro Ribalta: a peça “Por baixo da história”, que assinala o bicentenário da fábrica da Vista Alegre.
“Neste ano em que se assinalam os 200 anos da Fundação da Fábrica da Vista Alegre, fomos ao encontro das personagens”, destaca João Anjos, presidente do grupo de teatro que está prestes a apresentar uma das suas produções mais arrojadas. “Por tudo. Pelo cenário, pela história, por ser ao livre”, explica, revelando que o grupo trará para o palco “o interior da capela, nomeadamente o altar-mor e o túmulo do bispo”. “Por baixo da história” conta com um texto original de Ana Silva, do Ribalta, e a encenação é de Jorge Soares Neves.
Em palco vão estar dez atores, que vestirão a pele não só de D. Manuel de Moura Manuel e José Ferreira Pinto Basto, como também outras “personagens da terra e outras de fora”. “Vamos descobrir mais um pouco da história com muitas estórias”, promete o presidente do Ribalta.
O espetáculo, que conta com a participação especial da Tuna da Universidade Sénior da Gafanha da Nazaré, tem estreia marcada para as 21h30 desta quinta-feira, no Largo da Fábrica da Vista Alegre, com entrada livre.
A apresentação de “Por baixo da história” insere-se na programação da Festa da Vista Alegre, que decorre de 3 a 7 de julho, naquele lugar. Outro dos pontos altos está marcado para sexta-feira à noite, dia 5 de julho, com um concerto de Carlão, também no Largo da Fábrica e com entrada livre. No sábado, pelas 22h00, será a vez da fadista Carminho subir ao palco. Destaque, também, para a tradicional procissão, marcada para domingo, às 17h00.