AveiroMag AveiroMag

Magazine online generalista e de âmbito regional. A Aveiro Mag aposta em conteúdos relacionados com factos e figuras de Aveiro. Feita por, e para, aveirenses, esta é uma revista que está sempre atenta ao pulsar da região!

Aveiro Mag®

Faça parte deste projeto e anuncie aqui!

Pretendemos associar-nos a marcas que se revejam na nossa ambição e pretendam ser melhores, assim como nós. Anuncie connosco.

Como anunciar

Aveiro Mag®

Avenida Dr. Lourenço Peixinho, n.º 49, 1.º Direito, Fracção J.

3800-164 Aveiro

geral@aveiromag.pt
Aveiromag

BioLiving, a associação que já permitiu recuperar mais de 30 hectares de habitat

Ambiente

“Natureza e Educação para Todos” é o mote desta Organização Não-Governamental de Ambiente, sediada em Albergaria-a-Velha. Fomos conhecê-la no âmbito da edição especial (em papel) comemorativa do 6º aniversário da Aveiro Mag. 

 

Os números falam por si: em menos de dez anos de existência, a Associação BioLiving já plantou mais de 65 mil árvores, promoveu mais de 1.000 ações para o público e promoveu a recuperação de mais de 30 hectares de habitat. Isto já para nem falar na quantidade de pessoas que, anualmente, envolve nas suas ações de educação e cidadania ambiental. Porque, no fundo, é dessa forma que se consegue ir mudando o mundo. “Um cidadão, um professor, um proprietário de um terreno, ao olhar para a natureza de forma diferente vai geri-la e cuidá-la de uma forma diferente. E aí sim, gera-se uma mudança”, destaca Milene Matos, bióloga e fundadora da BioLiving, a propósito daquele que tem sido o trabalho desta associação que tem como lema “Natureza e Educação para Todos”.

Ainda que esteja sediada em Albergaria-a-Velha, as raízes da BioLiving estendem-se já a outros pontos da região (e não só), com projetos relevantes em Estarreja e Aveiro. No município de Estarreja, são já vários os terrenos onde a associação conseguiu implementar micro-reservas, através do restauro ecológico e conservação de espécies e habitats. Em Aveiro, e através de um protocolo estabelecido com a Santa Casa da Misericórdia de Aveiro, a associação assumiu a dinamização da Quinta Ecológica da Moita (QEM), em Oliveirinha, enquanto espaço de sensibilização ambiental e de conservação da natureza. Trata-se de um espaço florestal único na região de Aveiro, com pouco mais de 14 hectares, que inclui um carvalhal centenário, charcos, áreas agrícolas e diversos espaços de excelência para a educação ambiental.

A estas frentes de “batalha”, a BioLiving junta ainda o “projeto Agir Entre Marés, que trata das limpezas costeiras e marinhas, e como se passa em qualquer área costeira do país também tem um impacto considerável”, repara Milene Matos, sem deixar de destacar os campos de trabalho internacionais que a associação promove todos os verões. “São campos de voluntariado que são participados por jovens de todo o mundo. E conseguimos impactá-los e ter um efeito transformador nas suas vidas. Estou a lembrar-me, por exemplo, de uma jovem que estudava economia e por ter participado neste campo, que são duas semanas imersivas, passou a direcionar a sua carreira para a economia do ambiente e está a fazer um trabalho muito interessante”, refere a fundadora da BioLiving.

Em Albergaria-a-Velha, esta Organização Não-Governamental de Ambiente (ONGA) vai sendo uma presença constante na Pateira de Frossos, com a dinamização de várias iniciativas em colaboração com o centro de interpretação desta zona húmida, a par com projetos como o “Albergaria + Inclusiva” e “Albergaria+Ativa”. “São projetos que nos permitem trabalhar com a comunidade sénior e com o público com algum tipo de deficiência, trabalhando a inclusão social através dos recursos naturais”, enquadra Milene Matos.

Feira de marco Publicidade

Uma missão sem fim à vista

Não obstante as muitas ações já desenvolvidas e a quantidade de cidadãos aos quais já conseguiu passar a mensagem, a BioLiving, assim como as suas congéneres, está longe de poder começar a baixar os braços. “Este trabalho está longe de terminar”, testemunhava a bióloga, num tom apreensivo. No dia anterior a conversar com a Aveiro Mag, Donald Trump tinha tomado posse, anunciando que ia retirar os Estados Unidos da América do Acordo de Paris, que junta quase todos os países do mundo no objetivo de reduzir, de forma voluntária, as emissões de gases com efeito de estufa para tentar fazer com que o aquecimento global não ultrapasse 1,5 graus Celsius ou, no máximo dos máximos, dois graus acima dos valores médios anteriores à Revolução Industrial. “Está metade do planeta a trabalhar para um lado e a outra metade a trabalhar para outro, portanto, isto nunca vai acabar”, refere. “E temos grandes figuras, como o professor Jorge Paiva, que é um ícone, uma grande referência nacional para a conservação da natureza, a dizer, aos 90 anos, que desiste desta luta”, acrescenta.

Não restam, assim, dúvidas de que há muito para fazer. “Desde logo, na perceção de que se não houver biodiversidade, ecossistema, não vai haver condições de vivência para ninguém, nem para as plantas, nem para os animais, nem para os humanos. E que o digam os milhares de refugiados climáticos que já temos no planeta. É verdade que uma micro-reserva de dois hectares, em Estarreja, não vai ter uma repercussão direta na qualidade de vida das pessoas do Sudão, mas é todo um efeito cumulativo e que se tem que escalar. A qualidade naquela micro reserva vai permitir que os solos ali à volta tenham a sua funcionalidade garantida pela biodiversidade que lá está e assim sucessivamente”, adverte a fundadora e dirigente da BioLiving.

 

 

Apelo a contribuição dos leitores

O artigo que está a ler resulta de um trabalho desenvolvido pela redação da Aveiro Mag. Se puder, contribua para esta aposta no jornalismo regional (a Aveiro Mag mantém os seus conteúdos abertos a todos os leitores). A partir de 1 euro pode fazer toda a diferença.

IBAN: PT50 0033 0000 4555 2395 4290 5

MB Way: 913 851 503

Deixa um comentário

O teu endereço de e-mail não será publicado. Todos os campos são de preenchimento obrigatório.