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Do quarto para o mundo, João Gomes estreia-se com um EP cru e honesto

Artes

Aos 23 anos, João Gomes está prestes a dar um passo decisivo na sua jovem carreira musical com o lançamento do seu primeiro EP, homónimo. Natural de Avelãs de Caminho, no concelho de Anadia, o cantor e compositor apresenta seis canções onde transparece uma identidade artística assente na simplicidade, na honestidade e na emoção crua. Gravado e produzido inteiramente no seu quarto, o EP “João Gomes” é um retrato íntimo de um percurso que começa por ser solitário, mas ao qual não falta alma.

Com influências claras de indie folk e country, o trabalho de estreia de João Gomes soa a sul dos Estados Unidos, mas nasce no coração da Bairrada. As melodias evocam a nostalgia de Bob Dylan, os arranjos recordam a estética de Lumineers ou Novo Amor, e as letras, escritas em inglês, falam de perda, amor, desilusão e esperança — temas universais, tratados com uma sensibilidade pessoal. “Sinto-me mais à vontade a escrever em inglês. Cresci a ouvir música nessa língua, foi com ela que me habituei a exprimir-me”, justifica o músico, em entrevista à Aveiro Mag.

O gosto pela música acompanhou João Gomes desde cedo. A primeira memória que guarda remonta aos “mini-concursos de talentos” organizados no ATL, onde, ainda criança, surpreendia os colegas com as suas interpretações. “Lembro-me de cantar uma música dos Jonas Brothers, do ‘Camp Rock’. O aplauso ficou-me”, conta, entre risos.

Mas foi já na idade adulta que a música passou de paixão a projeto concreto. Curiosamente, foi uma série de televisão que deu o empurrão inicial. “Estava a ver Lucifer e o protagonista tocava piano e cantava. Achei aquilo demais. E pensei: porque não experimentar?”. Começou a aprender a tocar piano, depois guitarra e, finalmente, harmónica. Atualmente, sonha aventurar-se na bateria, para ser “totalmente autónomo na produção”.

Licenciado em Marketing, João Gomes vive entre dois mundos. Por enquanto, tenta equilibrar a música com a vida profissional, mas admite que o tempo dedicado à criação artística já ocupa “uns 70% ou 80%” do seu quotidiano.

A participação na edição de 2024 do The Voice Portugal marcou um ponto de viragem. Apesar de não ter ultrapassado a fase de Provas Cegas, foi nesse momento que, ao ouvir a sua música Out of Sight, Nininho Vaz Maia se prontificou a ajudar na produção daquele que viria a ser o seu primeiro single - Out of Sight foi lançado em janeiro passado. “A experiência marcou-me. Foi ali que percebi que queria partilhar as minhas músicas, não as deixar arrumadas numa pen”, admite.

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O EP é composto por seis faixas, entre as quais se destaca I Really Hope It Turns Out Good for You in the End ou Real Life Fake History, bem como It’ll Be Alright, a “canção mais difícil de escrever e tocar”, segundo o próprio: “A primeira vez que a toquei, depois de a escrever, veio-me uma lágrima. Isso diz tudo”.

Inclui ainda uma versão própria do clássico House of the Rising Sun, já em domínio público, que João Gomes recupera como homenagem à raiz folk que o inspira. As canções foram todas gravadas com poucos meios, com recurso a guitarra, harmónica e arranjos simples, mantendo o carácter cru da criação original. “Quis aproveitar a minha inexperiência para lançar um som mais caseiro. Se as músicas forem boas, não é a produção que vai travar a sua chegada às pessoas”.

 

 

Como forma de dar materialidade a este lançamento, o jovem vai editar uma versão limitada em cassete. “É um objeto de culto, uma memória física do projeto. O vinil ainda está fora de alcance e o CD não condiz com o ambiente da minha música”, explica.

Apesar de ainda não ter uma banda fixa, João Gomes está a planear concertos de apresentação do EP, assim que reunir as condições logísticas para isso. Tocar ao vivo é, para ele, parte essencial da sua identidade artística: “Para mim, o concerto começa quando acordo. Gosto mesmo de todo o processo”.

Com o lançamento do EP marcado para o início de julho, João Gomes já olha para o futuro. Tem ideias para um álbum, pensa em novos singles e sonha com uma presença mais sólida nos palcos portugueses. O caminho é ainda incerto, mas a direção parece clara: “Quero encontrar um nicho de pessoas que gostem do que faço e crescer com isso. Com calma que a vida é longa”.

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