No Parque de Alta Vila “repousam memórias, mas germinam sonhos”

 

A meio da tarde do feriado municipal de Águeda, várias famílias passeavam pelos caminhos labirínticos do renovado parque de Alta Vila. Dos mais pequenos aos mais velhos, ouviam-se comentários orgulhosos – “Isto está que é uma maravilha!” e “Quem o viu e quem o vê!” -, sem esquecer as mães preocupadas que orientavam os mais pequenos que ali vão aprender a andar de bicicleta.

 

Ouvia-se, ao fundo, aquilo que, para os leigos, se classifica como uma data de instrumentos desafinados. Preparavam-se para o que se seguia. O renovado Parque de Alta Vila, aberto à comunidade desde dezembro passado, estava prestes a ser inaugurado. Por volta das 17 horas, teve lugar o descerrar da placa que atesta a requalificação, pelo presidente da câmara municipal de Águeda, Jorge Almeida, que disse ser “o dia ideal para devolver o Parque à comunidade”.

 

Começa a ouvir-se a eletrizante Fanfarra Káustika, também ela oriunda de Águeda, e inicia-se o percurso até à primeira paragem, um dos postes de iluminação do Parque. Este poste serviu para a apresentação de um projeto inovador que envolverá diretamente a comunidade, o “Flex IP”. Este projeto consiste na instalação de um sistema de controlo ponto-a-ponto da iluminação pública, para promover um ecossistema interoperável e aberto à inovação. Este é o primeiro de mil a serem instalados na cidade com o objetivo de reduzir os custos da iluminação pública e garantir condições de segurança e vivência naquele ambiente urbano.

 

 

Mais especial e facilmente identificável se tornou este poste com a ajuda de SPHIZA. A artista esteve presente com uma performance de speed painting que, no final da visita, estava praticamente terminada, e que conjuga, mais uma vez, o espaço urbano e a natureza. Seguiu-se o visionamento de um pequeno filme, noutro local – in memorium, que mostrava a evolução do parque desde a tempestade que o destruiu, em 2013, até aos dias de hoje, requalificado e pronto a receber a comunidade. Matilde Araújo, Isabel Verdade, Mafalda Pinto, Joana Coimbra e Diana Liberal, alunas do Conservatório de Música de Águeda, animaram o momento seguinte, com atuações acompanhadas ao piano pelo professor Miguel Rodrigues.

 

Chegada a sessão solene foram, entre muitos outros, mencionados pontos como a renovação da Casa do Adro, a diminuição dos muros da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Águeda, que veio unir academia e comunidade, a requalificação da zona da Várzea, a criação do parque canino ou recuperação do Parque da Boiça, lugares que hoje contribuem para a união de famílias em momentos de lazer.

 

 

O passeio continuou ao ritmo da Káustica e com um momento especial proporcionado pelo músico Bruno Pinho. Caminhou-se até à pintura, praticamente finalizada, onde foi encerrada a visita de inauguração. Quanto ao Parque, “é um local onde repousam memórias, mas germinam sonhos. E é isso mesmo que nós queremos, que aqui germinem muitos sonhos e que este seja um local vivo e vivido pela população”, resume Jorge Almeida.

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