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O legado de Aveiro: Girão Pereira ontem, hoje e sempre

Opinião

João Manuel Oliveira

O caríssimo Tiago Castro escreveu, em artigo de opinião aqui na Aveiro Mag, uma excelente prosa onde conjuga o “saber fazer” de Ribau Esteves ao “saber pensar” de Alberto Souto, dando conta do legado dos dois na Aveiro do presente e do futuro.

Puxando de alguma memória histórica que a minha vivência em Aveiro me traz e uma diferença de idades – apenas uma constatação – gostaria de dizer ao Tiago Castro que gostei da crónica, mesmo com frases que eu não subscreveria. Mas no essencial, gostei mesmo. E da forma como terminou, lembrando que “Bem sei que reconhecer e atribuir méritos é muito pouco português e que elogiar políticos, então, é mesmo impopular, mas irrita-me a crítica fácil e constante daqueles que optam sempre por ver, apenas, o lado negativo das coisas”.

Querendo ver o lado positivo da crónica é que me obriga a escrever estas linhas na defesa do primeiro pilar da história democrática do governo da cidade, no pós-25 de abril. Porque antes do Pensar de Alberto Souto existiu Girão Pereira e os seus executivos.

Executivos que tiveram independentes. Executivos onde até vereadores da oposição tiveram pelouros. Executivos que, esses sim, libertaram Aveiro do garrote da linha férrea, ampliando a cidade da barreira de Esgueira, na Hintze ribeiro, onde tínhamos que cruzar umas oito linhas, ampliando a cidade para a “Forca-Vouga” e para São Bernardo.

Executivos que fixaram a indústria e as suas áreas na cidade de tal forma que 30 anos volvidos nenhum executivo aumentou a zona industrial definida. Executivos que investiram no chão, no saneamento, numa altura em que não havia fundos comunitários para tudo e mais alguma coisa. Executivos que dotaram o concelho de tanques e piscinas (que curiosamente são menos agora do que na altura) e campos de futebol. Executivos que dotaram as freguesias, a bem ou a mal, de espaços multifuncionais (os centros culturais) e habitação social, aproveitando fundos do Estado na medida certa. Ou pensam que não existiu contestação ao Bairro de Santiago.

Girão Pereira geriu habilmente paixões e ligações. Nunca teve executivos da sua cor no Governo mas conseguiu conquistar investimentos e projetos. Desocupou o Rossio, dando-lhe cor e vida, numa homenagem ao barro. E conquistou o financiamento para a limpeza dos canais urbanos que Alberto Souto manteve e expandiu (e muito bem).

Esquecer Girão Pereira? Nunca. Que merece mais do que um busto e uma rotunda.

Girão Pereira merece lugar de honra na história da cidade ao nível dos grandes, de Lourenço Peixinho a Alberto Sampaio.

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