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Aveiro acolhe Feira Nacional da Alergia, doença que afeta um terço da população

Saúde

Nos dias 29 e 30 de junho, o Mercado Manuel Firmino serve de palco a um encontro direcionado à população, com vista a formar e sensibilizar para este tipo de doenças.

 

A estimativa de prevalência de doença alérgica indica que “cerca de um terço da população portuguesa tem algum tipo de alergia”. O número é significativo e o impacto da doença também pode ser. “A doença imunoalérgica é uma doença clínica que retira qualidade de vida ao doente. Tem, como em tudo na vida, diferentes graus de gravidade e em muitos casos pode ser mortal”, destaca Ana Morête (na foto), diretora do Serviço de Imunoalergologia da Unidade Local de Saúde da Região de Aveiro e, simultaneamente, presidente da Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica, organismo que irá promover a I Feira Nacional da Alergia. Acontecerá precisamente em Aveiro, nos dias 29 e 30 de junho, e aposta num programa direcionado à população, com vista a formar e sensibilizar para este tipo de doenças.

“A doença alérgica pode afetar todos os órgãos do corpo, porque é uma doença sistémica”, adverte a clínica, explicando que, “se afetar os olhos, temos conjuntivite; se afetar o nariz temos rinite, se afetar os brônquios temos asma, se for uma alergia não esperada a um medicamento, é alergia medicamentosa...”. A lista de exemplos prossegue - englobando ainda as alergias alimentares ou as picadas de abelhas ou vespas, entre outras -, o que só vem corroborar a necessidade de a sociedade ter consciência da doença.

“Quando têm patologia alérgica, os doentes devem pedir aos seus médicos de família para os referenciarem para as consultas hospitalares para, primeiro que tudo, para efetuarem os testes cutâneos das alergias e perceber que tipo de alergia têm. E depois deve haver algum tipo de formação sobre o que se pode fazer”, sustenta.

No entender da presidente da SPAIC, “as vacinas da alergia são absolutamente indispensáveis”. Contudo, e atendendo a que elas não são comparticipadas, “muitos doentes não as querem fazer”. Com vista a alterar este cenário, a direção da SPAIC apresentou uma petição à Assembleia da República para que seja reposta a comparticipação do tratamento de imunoterapia específica com alergénios (vacinas antialérgicas) em Portugal.

“A imunoterapia específica com alergénios reduz a sintomatologia, melhora a qualidade de vida, previne a progressão e a gravidade da doença, impede a sucessiva associação a outras doenças alérgicas, e reduz a necessidade de medicação crónica, com naturais implicações nos custos diretos (medicação, consultas, episódios de urgência, internamentos, entre outros) e indiretos (absentismo e rendimento escolar ou laboral). Para além disso, em alguns doentes com formas graves de anafilaxia (reação alérgica grave) com risco de vida, a imunoterapia específica pode ser curativa”, sustentam, no documento que acompanhou a petição.

Só no Serviço de Imunoalergologia de Aveiro, estas doenças motivaram, em 2023, um total de 13.710 consultas externas, das quais 5.514 foram primeiras consultas. “Em quase todas as cidades do país há serviços de Imunoalergologia, com bons especialistas, mas os doentes têm que estar alerta e, por isso, é que nós investimos muito nesta ação direcionada à comunidade”, enquadra Ana Morête, destacando a importância do evento preparado pela SPAIC, em parceria com o Município de Aveiro.

 

 

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Um evento para a comunidade

A I Feira Nacional da Alergia compreenderá atividades físicas - como uma caminhada e um peddy papper (carecem de inscrição) -, espaços de convívio, música, dança, debates interativos, workshops e a aprendizagem de segredos de cozinha saudável (especialmente para alérgicos). “Contamos ainda com a presença de parceiros institucionais, associações de doentes e outros profissionais de saúde para o esclarecimento de dúvidas e distribuição de folhetos, entre outras atividades de consciencialização para as doenças imunoalérgicas”, realça Ana Morête. “Vamos ter também um laboratório de experiências na Casa da Cidadania, onde vai estar um acarólogo a mostrar ácaros vivos ao microscópio e uma bióloga a mostrar os pólenes da Primavera”, acrescenta.

A I Feira Nacional da Alergia é também uma forma de assinalar a Semana Mundial da Alergia (entre 23 e 29 de junho). Todos os anos a World Allergy Organization elege um tema relacionado com a patologia alérgica que merece especial atenção, tanto por parte dos profissionais de saúde, como por parte das populações, sendo, o deste ano, as alergias alimentares. Este será um tema em destaque no evento, estando programados diferentes momentos como workshops dedicados a alergias alimentares e leitura de rótulos, showcooking e a apresentação de Livro “Alergias: comer sem medos”.

O melhor é consultar o programa detalhado, já disponível online, e começar a programar o fim de semana de 29 e 30 de junho. A maioria das atividades não carece de inscrição prévia. A exceção são o peddy papper (dia 29, às 16h00), a caminhada (dia 30, às 9h00) e o laboratório na Casa da Cidadania (dias 29 e 30). O programa contempla ainda vários momentos de animação musical.

 

 

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