A partir de hoje e até sábado, vários espaços icónicos da cidade de Aveiro e alguns espaços inusitados ganham novas perspetivas com o Festival PRISMA/Art Light Tech, que alia arte e tecnologia em diálogo com o património da cidade. O arranque do festival terá lugar no interior de vários edifícios históricos e, nos dias 4 e 5, abre-se ao ar livre, com instalações de luz em jardins, praças e ruas de Aveiro. O Festival Prisma realiza-se no âmbito da Aveiro Tech Week, uma iniciativa de acesso livre organizada pela Câmara Municipal de Aveiro.
“Corpo a Corpo” é o tema da edição de 2024 do PRISMA / Art Light Tech que reúne um conjunto de obras que têm o corpo como tema ou figura central, trazendo por diversas vezes a interação do público para a cena. Uma fusão entre o orgânico e o digital com 19 instalações (todas estreias nacionais) de artistas de 11 nacionalidades.
Entre os destaques está a instalação “Mise en Abyme”, obra de grande escala criada especificamente para o PRISMA e para Aveiro 2024 por Vicki Bennett. Trata-se de uma projeção em vídeo com 30 metros por 4,50 metros, que ocupa a sala de exposições temporárias do Museu de Aveiro/Santa Joana e representa um ponto alto no trabalho desta artista britânica, reconhecida pela sua técnica de colagem a partir de alguns dos mais importantes arquivos audiovisuais do mundo.
Na Igreja das Carmelitas estará “Nemo Observatorium”, uma peça de grande impacto onde os visitantes são convidados a sentar-se no olho do furacão e a encontrar aí um momento de contemplação. Uma instalação do conceituado artista belga Lawrence Malstaf.
Já no Museu Arte Nova poderá encontrar-se obras de dois artistas conceituados, da alemã Diemut e do italiano Michele Spanghero. A primeira apresenta “The Payer”, uma peça antropomórfica com tanto de divino como de informático, que pretende traçar uma linha entre seres humanos e inteligência artificial. Já Michele Spanghero traz “Ad lib.”, uma obra que alude à nossa capacidade pulmonar e onde a vertente musical está bem presente.
Outro dos destaques é a presença de Sölen Kiratli e Hannen Wolfe no PRISMA, artistas norte-americanas cuja obra, “Cacophonic Choir”, aborda o tema das vítimas de violência no mundo atual, onde as plataformas tecnológicas têm tido um papel relevante. Para ver no Museu da Cidade de Aveiro.
A não perder está a dupla presença do Collectif Scale. O reconhecido coletivo francês traz “Hulahoop” e “Flux”, a ver no edifício da Antiga Capitania e na Praça Marquês de Pombal, respetivamente, duas instalações visualmente fortes que têm surpreendido os visitantes de alguns dos mais prestigiados festivais mundiais.