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Mariana Lopes: objetivo passa por jogar na Liga dos Campeões

Atletas

Quinze anos depois de ter experimentado pela primeira vez o andebol, nos escalões de formação do Alavarium, a aveirense Mariana Lopes, de 25 anos, está a cumprir a segunda época ao serviço da equipa alemã Thuringer Handball Club com o sonho de jogar na Liga dos Campeões. “O meu objetivo sempre foi jogar ao mais alto nível e isso significa Liga dos Campeões com o clube e um Europeu ou Mundial com a Seleção. Infelizmente, ainda não os consegui concretizar mas sinto que está para breve”, afirma.

Considerada a melhor jogadora portuguesa de andebol da atualidade, Mariana Lopes fez toda a sua formação no Alavarium, onde começou a jogar com 10 anos. “O Carlos Neiva, amigo do meu pai e treinador do clube já na altura, comentou que procuravam jovens e podia ir experimentar no dia seguinte. Como sempre fui um pouco hiperativa, não perdi a oportunidade de ir mesmo não existindo equipa na minha idade. Acabei por adorar”, resume.

A atleta aveirense teve uma ascensão fulgurante no andebol nacional. Estreou-se na equipa sénior do Alavarium com apenas 16 anos e um ano depois chegou à selecção nacional. Desde cedo começou a despertar o interesse de emblemas europeus de outra dimensão. A entrada na Bundesliga, o campeonato mais forte do continente europeu, é uma consequência natural das qualidades da andebolista aveirense.

Quando começou a treinar, Mariana Lopes estava longe de imaginar que poderia atingir este patamar. “Não era sequer uma possibilidade. Nessa idade o andebol ainda era só um hobby e como em Portugal não existia a divulgação de atletas profissionais, sempre pensei que esse futuro só existia no futebol”, recorda. Mariana Lopes atua no Thuringer Handball Club, uma das melhores equipas de andebol da Alemanha que conquistou o título por sete vezes nos últimos 10 anos.

Antes, em 2106, aconteceu a primeira experiência no estrangeiro na Suécia, representando as cores do Boden HIF. "Vivi numa cidade no norte apenas a meia hora do circulo polar ártico onde havia imensa neve, com 35 graus negativos, renas e auroras boreais. São experiências únicas”, assume. Na temporada de estreia na Alemanha, (2018/2019), jogou no Wildcats Union Halle-Neustadt. As exibições realizadas captaram a atenção dos responsáveis do Thuringer Handball Club, que não perderam tempo e avançaram para a sua contratação.

Realidades diferentes

A realidade que vive hoje é completamente diferente daquela que enfrentou quando atingiu o escalão sénior em Portugal.A federação alemã de andebol é a que detém o maior número de praticantes de andebol na Europa, com equipas profissionais ou semiprofissionais até à terceira divisão feminina.

“Dependendo da fase da época temos um ou dois jogos por semana e por isso os treinos são geridos nesse sentido, explica. Normalmente, Mariana Lopes treina duas vezes por dia. “De manhã, no ginásio durante uma hora e meia e, de tarde, são duas horas de andebol. Faço ainda vídeo de análise do meu jogo anterior e preparação do próximo durante o tempo livre”, revela Mariana Lopes, que junta ainda outro dado que eleva ainda mais o grau de exigência. “O mais complicado do meu dia-a-dia é gerir a recuperação dos treinos e das viagens de autocarro e avião que fazemos constantemente”, descreve.

A primeira época no Thuringer Handball Club acabou mais cedo, por causa da Covid-19. Mariana Lopes lembra que “com o primeiro pico da pandemia não foi possível continuar a época" e voltou a Portugal em abril. Foi muito complicado gerir o confinamento com a manutenção da minha forma física para o caso de o clube me chamar a qualquer altura e também a incerteza do próximo salário, visto que os clubes sofreram muito economicamente”. Nesta altura, apesar de a Europa estar a passar pela segunda vaga da pandemia, “a época está a decorrer normalmente apenas com testes todas as semanas e com restrições de audiências”.

Conciliar a alta competição com os estudos

Mesmo com uma carreira tão exigente, Mariana Lopes nunca deixou os estudos para segundo plano e conseguiu concluir o curso de fisioterapia na Universidade de Aveiro. A atleta aveirense reconhece que o percurso académico teve “momentos mais difíceis” mas, no geral, encontrou “muita gente boa” que a ajudou a obter o diploma. “Os professores da Escola Superior de Saúde da Universidade de Aveiro sempre perceberam a minha situação e tentaram ajudar, assim como os meus colegas que foram incansáveis”, sublinha. De resto, feitas as contas, Mariana Lopes conclui que “os anos na Universidade de Aveiro foram os melhores".

Sobre o que lhe reserva o futuro, a atleta aveirense não tem certezas, mas acredita que tem condições para jogar mais 10 anos e não exclui a possibilidade de voltar ao Alavarium. “A vida de atleta é muito incerta porque as lesões podem trocar muitos planos mas gostava muito de voltar a Portugal e quem sabe divertir-me a jogar em casa outra vez”, assume, revelando que tem “muitos amigos no clube e também a família continua muito envolvida” no dia a dia da coletividade. “É a minha segunda casa”, diz, sem esconder as saudades que sente da sua terra Natal.

“Quanto mais viajo mais me apercebo que cresci no melhor sitio possível. A praia, a ria, a zona histórica, a comida e as pessoas fazem de Aveiro uma cidade perfeita para mim”. À pergunta sobre o que gostaria de levar de Aveiro para Erfurt, a cidade onde vive, a resposta sai pronta: “O mar, se conseguisse, mas sendo mais realista, só precisava de um bom restaurante português para matar as saudades de vez em quando”.

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