
Clamat e novos compositores nos Festivais de Outono
O espetáculo “Vítrea – Sob o signo do vidro”, do Clamat – coletivo variável liderado por Nuno Aroso, e o concerto “presente (em) mente”, com peças de jovens compositores, constam do programa dos Festivais de Outono, dias 18 e 23 de novembro, respetivamente – concertos agendados para as 21h00, no auditório do Departamento de Comunicação e Arte (DeCA) da Universidade de Aveiro.
O Clamat – coletivo variável, dirigido por Nuno Aroso, dedica-se à nova música para percussão. Entende o concerto como um ato poético, único e irrepetível. Para além do fomento da criação musical dedicada ao grupo, é parte da linha identitária deste projeto a colaboração artística transdisciplinar. Clamat – coletivo variável agrega alguns dos mais talentosos jovens percussionistas portugueses.
Nuno Aroso é docente, investigador e solista de percussão com intensa atividade concertística. Leciona nas Universidades do Minho e Aveiro, assim como na Escuela Superior de Música de Extremadura – Musikex.
O concerto “Vítrea – Sob o signo do vidro” é, também, um dos três eventos do programa da UA que assinala o Dia Europeu do Património Académico (18 de novembro). O vidro é uma das áreas de estudo e investigação identitárias e primordiais da Universidade de Aveiro desde a sua criação. Esta Universidade é também detentora de uma das maiores coleções de vidro utilitário e de embalagem que são conhecidas a nível mundial, constituída e doada por Francisco Madeira Luiz. É assim simbólico que, no dia em que se celebra o património académico, decorra na UA um concerto em que o vidro é protagonista.
Música de novos compositores
A rubrica “presente (em) mente” tem como objetivo divulgar e promover obras de estudantes de composição do Departamento de Comunicação e Arte (DeCA) da UA. Neste concerto vão ser apresentadas obras de cinco jovens compositores: Camila Salomé Menino, Carina Antunes, Francisco Ribeiro, Gustavo Gonçalves e Mathilde Martins.
Camila Salomé Menino, trompetista e compositora, frequenta a licenciatura em Música na UA. Colabora com a Orquestra Clássica de Espinho, Orquestra de Sopros da Academia de Artes de Chaves e Dogma Brass Band. Desenvolve, atualmente, o projeto “A Terra dos Sorrisos Tapados” em cocriação com Manuel Brásio e o apoio da Interferência e do Festival DME.
Carina Antunes concluiu a licenciatura em Música, ramo de especialização em Composição e ingressou no Mestrado em Ensino de Música, ramo de Análise e Técnicas de Composição, ambos na UA. Colabora com a NArádio na criação de jingles e na produção de áudio. Viu a sua obra “Quase Irreal” (2021) selecionada na chamada Música em Criação 2021, promovida pela associação Arte no Tempo.
Francisco Ribeiro, percussionista e compositor, frequenta o 2.º ano de licenciatura em Música/Composição na UA. Participou, como compositor e maestro, no ensemble formado na Escola Profissional de Música de Espinho para o concurso “Quem é Calouste?”, tendo obtido a primeira classificação na categoria de música, com jovens entre os 15 e os 18 anos. Colabora com a Escola de Música Ensin’arte da Sociedade Filarmónica de Crestuma, sendo professor de Percussão desde o ano letivo 2017/18.
Gustavo Gonçalves é licenciado em Música no ramo de Performance – Violino (2019) pelo DeCA. O seu portfólio inclui obras de variadas formações e, como compositor, tem vindo a participar em alguns concursos nacionais e internacionais. Entre outras distinções, conquistou o primeiro prémio na categoria “Música de Câmara” da sétima edição do Prémio de Composição Século XXI (2016, Viana do Castelo), com a obra “visions de nuages” para quarteto de cordas.
Mathilde Martins é instrumentista e compositora. Foi premiada na categoria de música de câmara, nível médio, no oitavo concurso de acordeão “FOLEFEST”. Em 2016, ingressou o curso de composição da UA.