Forneria 1870 – À vista do Paraíso

Onde se come

 

João Manuel Oliveira

 

 

Chegamos a um restaurante onde o nome começa por dizer tudo. A aposta é clara: italiano, pizzas e boa carne! Mas antes de falarmos em comida, eis-nos num espaço com bastante estória de diversão noturna.

 

Desde que o antigo Matadouro saiu do chamado Cais do Paraíso, perto do Lago do mesmo nome que conseguimos ver da esplanada, a autarquia criou um espaço, que foi concessionado, para diversão noturna e turismo.

 

Foi restaurante, foi bar, foi um pouco de tudo. E no novo concurso de concessão, eis que um dos mais conhecidos empresários do setor da hospitalidade e noite, a família titular da estação da Luz, fica com o espaço. Conceito volta ao original: discoteca, bar e restaurante

 

 

O restaurante teve como consultor o Luís Américo, responsável por outras casas apostadas numa lógica de comida de forno, pizzas, e carnes bem confecionadas, focando-se no prazer do cliente. Entretanto, novos elementos na cozinha e na equipa e uma pandemia depois, o espaço consolidou-se e tem recebido recomendação do Boa Cama Boa Mesa.

 

Comandados pelos irmãos Américo e Teresa, o espaço e a afluência sempre tornaram obrigatório algo que só a pandemia fez tornar hábito em Aveiro: fazer reserva. No Verão então, o fim de semana recebe um misto de turistas e clientes habituais na senda de aproveitar o bom tempo e a esplanada, com a sua vista agradável para o Lago e Caís do Paraíso. Mas se só tiver mesa no anterior, não se preocupe. As madeiras e a luz, e o ambiente descontraído proporcionará, decerto, uma refeição agradável.

 

A carta tem duas páginas e permite escolhas múltiplas. Muitas opções nas pizzas – possibilitando vários momentos de partilha em grupo – seja como primeiro prato seja nas opções entre várias pessoas. A Forneria e a Portuguesa merecem uma ida à mesa, pela boa confeção e escolha, quiçá inusitada, dos ingredientes.

 

 

Para além das pizzas, há quatro opções de linguini (mais uma vez a primar por bons ingredientes mas com um simpático exagero na quantidade disponibilizada ao cliente), 5 opções de carne e três pratos com inspirações marítimas: o risoto, o taco de bacalhau confitado e o Arroz de Camarão. As carnes apresentam-se entre a mão de vaca, o naco e a bochecha (para as opções individuais dos comensais) e a pá de cabrito e o costeletão de novilho na brasa (só o aspeto abre desejos carnívoros em quem está no restaurante) quando se desloca ao restaurante em grupo, ou com muita, muita fome. No final, se ainda não estiver deliciado, experimente o folhado de ovos moles de Aveiro…

 

A carta de vinhos apresenta soluções para as regiões principais somente (Douro e Alentejo e a autóctone Bairrada e a vizinha Dão) e também para os Verdes (nos brancos) sendo, no entanto curta em opções que me parecem óbvias. Mas é algo que estou habituado a detetar num restaurante de características italianas. Existe a opção BYOB (custa oito euros) mas espero que seja noutro serviço de copos, sendo os do dia a dia mais para as sangrias (que tinham belíssimo aspeto) que para os vinhos apresentados. O serviço global não tem falhas, descontraído, mas rigoroso e a amabilidade e simpatia é geral.

 

Caros leitores, continuamos a receber as suas sugestões para gastronomia@magnumwineclub.com ou para os contatos da AveiroMag

 

Preço médio (25/30 euros) – https://www.facebook.com/forneria1870/

Forneria 1870

Cais do Paraíso, 19

3810-146 Aveiro

Portugal

 

reservas: 910 702 485

(A partir das 11h)

12h00_15h00 (Terça a Domingo);

19h00_22h30 (Terça a Sábado)

geralreservas1870@gmail.com

 

 

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