Pela primeira vez Jorge Anjos “viu” um vídeo realizado e produzido na Universidade de Aveiro (UA). Invisual, funcionário da academia há vários anos, através da voz do narrador, que descreve o que está a acontecer no ecrã ao longo da duração do vídeo, não escondeu a emoção quando “viu” o filme pela primeira vez.
Em causa está um novo vídeo institucional da UA, que está já a correr mundo, através das redes sociais, e que é um verdadeiro exemplo de inclusão (ver em baixo).
“Ao ouvir a descrição das imagens, consegui perfeitamente imaginar e acompanhar tudo aquilo que se passa no filme. Foi como se realmente o estivesse a ver”, confessou Jorge Anjos. “Como já tive alguma visão sei imaginar perfeitamente algumas das cenas do filme como a do surfista na onda ou o passeio de bicicleta nos passadiços da marinha. Através da audiodescrição fiquei completamente elucidado com aquilo que se estava a passar na tela”, congratulou-se.
Também Carlos Pereira, invisual de nascença e funcionário da UA, felicita a academia pela iniciativa e pede que a inclusão da audiodescrição seja para continuar em todos os vídeos produzidos e realizados pela instituição. Através da narração, explica, conseguiu “perceber e acompanhar tudo o que se está a passar no filme”.
A produção do vídeo a pensar no público com problemas de visão, foi mais um gesto dos muitos que a UA tem feito a pensar nos cidadãos com necessidades especiais.
Detentora da Marca Entidade Empregadora Inclusiva, atribuída pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional aos empregadores, como a UA, tem sido muito o trabalho que a academia tem realizado nesse campo: o piso tátil que liga entre si grande parte dos edifícios do campus universitário, as rampas de acesso para cadeiras de rodas, as intervenções nos sanitários, a adequação de portas de entrada dos edifícios, as plataformas elevatórias e a reserva de lugares de estacionamento, são apenas alguns dos exemplos mais visíveis do empenho que a UA tem tido em ser uma verdadeira universidade para todos.