“Porque é Infinito”, de Victor Hugo Pontes, no palco do TA

 

 

 

Pouco tempo depois de nos ter brindado com “Irmãos”, espetáculo com texto de Gonçalo M. Tavares, Victor Hugo Pontes regressa a Aveiro, a uma casa que já vai sentindo como sua – o Teatro Aveirense -, para apresentar “Porque é Infinito”. Um espetáculo no qual o coreógrafo apresenta uma releitura contemporânea de “Romeu e Julieta”, o clássico de William Shakespeare sobre o amor e os seus limites. Vamos poder vê-la este sábado, dia 30 de abril, a partir das 21h30.

 

“Porque é Infinito” estreou em dezembro, no Teatro São João, no Porto, e mereceu lotação esgotada em todas as suas sessões. “O público manifestou sempre grande interesse no espetáculo. Num dos dias, fizemos até uma conversa com o público, que contou com imensa gente”, repara o coreógrafo, em conversa com a Aveiro Mag.

 

Ainda que aluda a uma história mundialmente conhecida, “Porque é Infinito”, cujo texto é assinado por Joana Craveiro, não pára de surpreender. “A maior parte das pessoas acha que conhece a história de Romeu e Julieta, mas, na realidade, não a conhece. E o espetáculo começa exatamente por aí, uma vez que as pessoas conhecem o desenlace final, sabem que os dois protagonistas morrem por amor, mas ninguém consegue contar os detalhes desta história”, nota.

 

Em “Porque é Infinito” a história é-nos contada, e interpretada, por adolescentes e jovens, “que se põem a refletir sobre como é que esta história de amor se passa e, depois, decidem fazê-la”, acrescenta o coreógrafo. Nesta releitura, a obra de Shakespeare acaba por ser trazida para os dias de hoje, com os intérpretes “a colocarem-se no lugar dos protagonistas e a perguntarem-se se alguma vez aquela situação lhes aconteceu, se já apaixonaram desesperadamente, se já sofreram por amor… é uma visão distanciada da narrativa, mas eles depois também emergem na narrativa, colocando-se no lugar dos personagens”.

 

Dança e literatura vão estar juntas no mesmo palco, na certeza de que, para Victor Hugo Pontes, esta já vai sendo uma combinação natural. “Faz parte do meu próprio percurso. Comecei no teatro, nas artes plásticas, portanto, as palavras estavam lá. Depois, o meu percurso desemboca para a dança, por achar que as palavras não dizem tudo. Por isso é que o meu trabalho tenta conjugar esta mistura entre artes plásticas, a palavra e o movimento”, testemunho.

 

Em palco vão estar 11 intérpretes para falar e dançar sobre o amor infinito: António Júlio, Benedito José, Inês Azedo, Ivo Santos, José Ferreira, Luísa Guerra, Pedro Frias, Rui Pedro Silva, Santiago Mateus, Sofia Montenegro, Vera Santos. Os bilhetes para o espetáculo custam 5 euros.

 

 

* Créditos da foto: José Caldeira

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