Traçado da Alta Velocidade pode “rasgar” o vinhedo da Bairrada

 

 

 

Maria Teresa Cardoso, presidente da Câmara de Anadia, mostra-se apreensiva em relação ao traçado da linha de alta velocidade no município. A autarca considera que “este gigantesco investimento” que vai permitir “reduzir levemente”, o tempo de viagem entre Lisboa e o Porto, “é deveras prejudicial” para o concelho. “A linha irá sobrepor-se a uma das maiores manchas vitivinícolas da região, rasando mesmo projetos enoturísticos de excelência já existentes”, afirmou.

 

Em declarações proferidas na abertura do certame “Aqui na Bairrada”, e aproveitando a presença da Ministra da Coesão Territorial, a autarca sublinhou que este corredor ferroviário terá “um impacto muito negativo num dos setores mais importantes da economia local”.

 

Salientando que “a nova linha não acrescentará mesmo nada ao desenvolvimento económico do concelho”, para Maria Teresa Cardoso “o novo troço não se justifica”. O município de Anadia e os seus órgãos “irão de viva voz manifestar-se contra este projeto, protestando contra o mesmo e exigindo soluções alternativas menos prejudiciais”, adiantou.

 

Também o presidente da Comissão Vitivinícola da Bairrada (CVB), José Pedro Soares, se mostrou, na ocasião, preocupado com a possibilidade do traçado da linha do comboio de alta velocidade atravessar os vinhedos da Bairrada, deixando no ar a pergunta: “Faz sentido rasgarmos, mais uma vez, a nossa região para que se poupem meia dúzia de minutos entre Lisboa e o Porto?”.

Partilhar

4 Comments

  • Mariaalves
    11 de Maio, 2022

    Mais Uma vez
    o rei de Lisboa
    e os Duques do Porto
    vaõ prejudicar a Grande Bairrada… a vergonha é Para Portugal.

  • Mariaalves
    11 de Maio, 2022

    Outra vez …
    O rei de Lisboa e os Duques do Porto
    Vaõ rasgar a Bairrada
    A vergonha é Para o pais.

  • Pompílio Souto
    11 de Maio, 2022

    Viva

    E só agora é que em Anadia se deu por isso…?!
    O traçado que integra o PFN esteve em discussão pública durante um ano, coisa que já acabou há muito.

    Em Aveiro – Cidade e Região – o assunto foi discutido por iniciativa de Cidadãos com o apoio da IP e do Governo.
    Houve, de facto alguns – muito mais do que o que seria razoável – que “se estiveram nas tintas” para isso. A Posição Comum que sobre o assunto se alcançou, e foi entregue em devido tempo ao Governo, não incluiu os pontos de vista de todos esses; mas talvez todos esses – ou cada um por si – tenha(m) entregue o seu “estudo e parecer”.

    Se o fizeram foi sem a força de um querer alargado e para o que, de facto, estava em discussão.
    O “Aveiro – Salamanca” (já por mais de uma vez chumbado pela CE) e “a Bitola” da nova ferrovia (que de imediato só interessa aos privados) foi o “entretimento favorito de quem preferia discutir, e discutir para que entretanto nada se fizesse”.

    Lamentávelmente, meus Caros… no País não nos faltam casos destes. Quando é que aprendemos a forçar (pelo menos) aqueles que elegemos a uma postura atempada, responsável e não “paroquial” perante objectivos desta natureza e dimensão?

    Cumprimentos

  • Guilherme Alves
    11 de Maio, 2022

    Naõ faz sentido….
    Para a bairrada o rapido nem vai parar..
    Mais uma vez o emperador de lisboa vai cortar a regiaõ da Bairrada …
    Vergonha ….para os que naõ tem voz…

Post a Comment