“Aveiro 2024 começou, mas não terminará”. A convicção foi deixada, na tarde deste domingo, em Aveiro, pela ministra da Cultura, Dalila Rodrigues, na cerimónia de encerramento da programação Aveiro 2024 – Capital Portuguesa da Cultura.
Ainda que Braga seja agora a detentora do título, a cidade da ria não está “a encerrar nada”. “A própria cultura não se harmoniza com a imagem de um segmento curto, algo que tem um princípio e fim”, enquadrou a governante, antes de felicitar Aveiro pelo trabalho realizado ao longo deste ano, num discurso interrompido por algumas palmas extemporâneas - que soaram a manifestação de protesto.
Foram “mais de 700 eventos, mais de 100 estreias” que preencheram “bem o calendário de todo o ano”, destacou, por seu turno, o presidente da Câmara de Aveiro, José Ribau Esteves, anunciando três eventos, em 2025, para “prestar contas”. “Não só dos números, mas para que a história fique contada”, apontou, revelando já as datas: 12 de fevereiro, 23 maio e 10 de junho.
O autarca fez também questão de “agradecer a toda a gente que deu o seu contributo”, começando pelo Governo de Portugal, passando pela Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA) e terminando na sua equipa da Câmara Municipal de Aveiro. “Ainda por cima lidámos com dois governos”, lembrou, agradecendo ao anterior Primeiro-Ministro, António Costa, e ao atual líder do executivo, Luís Montenegro. Os antigos ministros Adão e Silva e Ana Abrunhosa, assim como a atual titular da pasta da Cultura, Dalila Rodrigues, também mereceram honras de destaque numa lista que contemplo, ainda, o Exército Português e a Marinha.
Em jeito de balanço, o edil fez ainda referência a quatro espetáculos em particular, dois dos quais realizados nos canais urbanos da Ria de Aveiro – a 20 de julho, no Festival dos Canais, e a 1 de dezembro, na abertura do Boas Festas em Aveiro – e outros dois realizados na rua – às primeiras horas de 2024 e o espetáculo de encerramento deste domingo.
A nível material, recordou a escultura do Rui Chafes, que fica a evocar Aveiro 2024, a obra de Siza Vieira, evocativa da antiga muralha, e a Casa de Música, em Aradas.
A cerimónia protocolar, realizada no Teatro Aveirense, antecedeu o grande espetáculo de encerramento, "Cenários Infinitos", pela companhia Theater Titanick, que encheu o centro da cidade de gente.