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Voluntários da Liga Portuguesa Contra o Cancro: “Recebemos mais do que o que damos”

Saúde Ler mais tarde

 

Juntamente com o copo de café, de chá ou o pacote de bolachas, é também entregue um sorriso, uma palavra amiga, a empatia que o momento exige. Pequenos gestos que fazem toda a diferença para quem aguarda um tratamento ou uma consulta, já com uma palavra (pesada) na cabeça: cancro. “Vêm receosos, deprimidos e estes bens que entregamos são só a ‘porta de entrada’ para toda a ajuda e apoio que lhes podemos dar. O nosso trabalho não se esgota neste momento em que estamos em contacto com o doente”, explicava Eliana Gonçalves, psicóloga responsável por acompanhar o grupo de voluntários da Liga Portuguesa Contra o Cancro que está a prestar apoio no serviço de oncologia da Unidade Local de Saúde da Região de Aveiro (ULSRA). Começaram a trabalhar no dia 30 de junho, há exatamente um mês, e a sua presença já vai sendo notada. “Reparamos que os doentes já estão um pouco mais amparados, com mais informação”, garante Isabel Domingues, a médica responsável pelo serviço sediado no Hospital de Aveiro.

A presença da equipa de voluntários salta à vista assim que abrimos a porta da estrutura modular pré-fabricada onde são prestados os cuidados ao doente oncológico. Há um ‘bom dia’ ecoado por alguém que parece estar ali pronta para dar indicações a quem entra. Bata branca, com o símbolo da Liga Portuguesa Contra o Cancro bordado junto ao peito e um cartão de identificação preso a uma fita que cai pelo pescoço abaixo. Mais à frente, numa sala de espera, mais um ‘bom dia’ e a prontidão para servir uma bebida quente, um sumo ou umas bolachas a quem por ali permanece sentado.

“É muito mais do que dar um café. É a palavra que se dá, o ânimo”, assegura a voluntária Andreia Fernandes. Tem 45 anos, é de Águeda, trabalha como atriz e já esteve do outro lado. “Fui tratada nos Hospitais da Universidade de Coimbra e era acompanhada pelos voluntários da Liga que lá prestavam serviço”, conta, quando lhe perguntamos o que a motivou a ser voluntária.

Neste primeiro mês de trabalho prático – que foi antecedido por várias horas de formação específica -, Andreia Fernandes conseguiu perceber que os voluntários também saem amparados de cada jornada de trabalho. “Recebemos mais do que damos. As pessoas vêm sempre agradecer, percebem a importância do nosso papel”, testemunha a voluntária que naquela manhã fazia dupla com Lúcia Figueiredo.

Além de Andreia e Lúcia (na foto), existem mais dez na equipa que está alocada à Unidade Local de Saúde da Região de Aveiro. Estão por ali quatro dias por semana, das 8h30 às 12h30, prestando apoio emocional e acompanhamento tanto aos doentes oncológicos como aos familiares, a par com o serviço de bebidas e bolachas. “São bens custeados pela Liga, sendo a água e o leite uma oferta do hospital”, referiu Eliana Gonçalves, notando que é esta uma das razões de ser do peditório nacional que a instituição promove, além de outras campanhas e iniciativas para a angariação de fundos. Tanto mais porque o apoio da Liga não se resume ao serviço que é prestado no hospital.

“Também ajudamos a que tenham acesso aos materiais ortopédicos e temos uma consulta de psiconcologia gratuita”, destaca a representante do núcleo da região Centro da Liga Portuguesa Contra o Cancro. Concretamente no que a estas consultas diz respeito – e que estão disponíveis na delegação de Aveiro da Liga desde 2012 -, têm sido cada vez mais procuradas desde que foi ativado o grupo de voluntário de Aveiro. “Desde a assinatura do protocolo com a ULS da Região de Aveiro, os pedidos de consulta para esta delegação aumentaram em cerca de 50%”, contabiliza a instituição.

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Há mais novidades a caminho de Aveiro, garante-nos Eliana Gonçalves, nomeadamente no que diz respeito ao apoio às mulheres que realizam cirurgia da mama. “Haverá um voluntariado específico para elas, através do movimento ‘Viver e Vencer’”, anuncia esta responsável.

O “Vencer e Viver”, recorde-se, é um movimento de entreajuda que visa o apoio a todas as mulheres, familiares e amigos desde o momento em que é diagnosticado um cancro da mama. Através dele, há um contacto entre a mulher a iniciar tratamento e a voluntária sobrevivente de cancro da mama, que partilha o seu testemunho e formas de lidar com a doença. Aveiro é uma das regiões onde este movimento está representado, faltando agora ativar o grupo de voluntariado no hospital. Algo que deverá acontecer em breve.

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