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Viseu Dão Lafões: um destino carregado de natureza, história e (boas) pessoas

Roteiro

Às voltas pelo Centro de Portugal*

Montanhas, património histórico, gastronomia, bem-estar e cultura. É difícil decidir por onde começar quando queremos falar sobre a região de Viseu Dão Lafões, rica em atrativos que nos fazem querer prolongar a visita. Da cidade-sede às mais pequenas e recônditas aldeias, vão uns quilómetros de paisagens únicas - dominadas por montanhas e vales - e de tradições que a modernidade não consegue apagar. O ideal é fazer-se mesmo à estrada, sem deixar de reservar algum tempo para o puro deleite: as termas de São Pedro do Sul são das maiores e melhores a nível nacional e europeu; e a região é riquíssima em gastronomia e vinhos (importa não esquecer que o único restaurante com uma estrela Michelin do Centro do país, a Mesa de Lemos, está localizado na região). Foi o que a Aveiro Mag fez, guiada por um filho adotivo da terra: o ator Pompeu José, que há muito fez de Tondela a sua terra. Chegou por causa do teatro - a companhia Trigo Limpo, da ACERT (Associação Cultural e Recreativa de Tondela estava a dar os primeiros passos) - e não foi preciso muito tempo para começar a ganhar raízes na comunidade. Hoje, assume-se como um tondelense por inteiro.

“As pessoas são a melhor coisa desta região. Aproximam-se com as melhores coisas que têm e mostram tudo, no bom sentido do termo. O conselho que dou sempre às pessoas que estão de visita é que venham francamente disponíveis”, afiança-nos, com a certeza própria de quem conhece muito bem a região e as suas gentes. Pompeu José palmilhou-a por inteiro por conta do projeto “A Viagem do Elefante por Viseu Dão Lafões” e que resultou num livro que é também uma espécie de guia pela região. Uma digressão que passou por 14 locais distintos - de Viseu a Aguiar da Beira - e que o levou a render-se à diversidade do território.

Começamos a viagem aqui bem perto, na Serra do Caramulo, subindo ao cimo da montanha. “Estar no cimo da Serra do Caramulo, no Caramulinho, é mágico”, repara o ator e encenador, aconselhando-nos a reservar algumas horas para contactar com as gentes que por ali habitam e para percorrer os percursos pedestres que atravessam este lugar encantado. Com direito a uma ou outra degustação gastronómica, uma vez que por estas bandas ainda se cozinha muito nos fornos a lenha. “O sabor é completamente diferente”, adverte o nosso guia, lembrando que nesta receita entram também “ingredientes produzidos naturalmente”. E por falar em forno, prosseguimos viagem em direção a Molelos, aldeia conhecida pela louça de barro preto. Uma tradição que não só se mantém, como até renasceu “devido à aposta em promover uma Soenga pública”. “É fantástico porque resulta não só da vontade dos artesãos da terra, mas também da própria comunidade, que gosta que aquilo chame gente. Assistir a uma coisa daqueles é único”, frisa Pompeu José.

A descoberta da região tem de passar, quase que obrigatoriamente, pela sua capital, a cidade de Viseu. Não só pela sua importância histórica - Viseu está intimamente ligada ao mais celebrado chefe dos Lusitanos, Viriato (em sua honra, a Cava de Viriato ergue uma estátua sobre uma antiga fortaleza) -, mas também pela variedade de experiências e atividades que tem para oferecer. “O Museu Grão Vasco é uma grande referência nacional e de visita obrigatória”, destaca o nosso anfitrião, a propósito da unidade museológica instalada no edifício contíguo à Catedral, o Paço dos Três Escalões. Aproveitamos que estamos no centro, para descobrir a Sé de Viseu e o Museu de Arte Sacra, o Museu Almeida Moreira e, como seria de esperar, a Cava de Viriato.

Na cidade ou no campo, encontrará vários restaurantes onde poderá render-se às principais iguarias da região e entre as quais se destacam “a carne excecional, os carolos, peixes do rio, pastéis de Vouzela”, entre muitas outras perdições. “Há uma grande variedade. Cada terra tem os seus pratos, os seus doces, e é impossível passar por estas terras e não nos deliciarmos com estes sabores”, nota o nosso guia. O mais importante, garante, é seguirmos viagem abertos “ao contacto e à partilha”. “Chegamos a sítios onde só achamos que vamos almoçar e não tarda nada já estamos a conversar com as pessoas sobre a receita, porque é nessa relação que se estabelece a vivência destas gentes. Foi isso que me prendeu aqui e me faz viver com grande gosto neste sítio”, remata.

Outros locais que não pode perder na região de Viseu Dão Lafões Aldeia da Pena

É considerada uma das aldeias mais típicas do país e, também, uma das mais bonitas - vai ter de descer um caminho estreito e íngreme para lá chegar. Localizada no município de São Pedro do Sul, mesmo no coração do maciço da Gralheira, a Pena preserva o seu casario de xisto e ardósia, brindando os visitantes com uma gastronomia ímpar.

Casa da Ribeira

Plantada bem no centro da cidade de Viseu, à beira do Rio Pavia, a Casa da Ribeira é um espaço museológico que preserva as memórias e as estórias da região, reservando lugar de destaque para o artesanato local.

Museu do Linho de Várzea de Calde

Uma clássica casa de lavrador de posses abastadas está hoje transformada em museu. Recriam-se as vivências do quotidiano agrícola da região, em áreas como o lagar, a adega ou a cozinha tradicional, e dá-se lugar de destaque ao linho que na aldeia de Várzea de Calde, concelho de Viseu, foi sendo sempre produzido de forma natural e orgânica.

Palácio dos Condes de Anadia

É no centro da cidade de Mangualde que encontramos aquela que é considerada uma das mais notáveis casas portuguesas. Apesar de ser propriedade privada – pertence à família Paes do Amaral -, esta construção do século XVIII está aberta a visitas, dando a conhecer a quem por ali passa os quotidianos, os gostos e, acima de tudo, a exuberância e o requinte de quem a foi habitando.

As Capuchinhas

Em Campo Benfeito, aldeia serrana do município de Castro Daire, encontrará um atelier que é, ao mesmo tempo, símbolo de tradição e modernidade. Várias mulheres da terra juntaram-se para produzir vestuário em burel, linho e lã, tecidos em teares manuais, mas com um design contemporâneo.

* Roteiro produzido em parceria com o Turismo do Centro de Portugal
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