Maria José Santana*
É sempre motivo de satisfação quando vemos a nossa cidade e região, Aveiro, ser referenciada na comunicação social por bons motivos. Bate aquele sentimento de orgulho. Uma boa dose de emoção, especialmente nesta altura em que andamos todos um pouco mais sensíveis face à pandemia que nos virou a vida do avesso.
Foi bonito saber que um dos enfermeiros a quem Boris Johnsonfez questão de agradecer publicamente é de Aveiro. O “perto do Porto” (quem nunca usou a referência à capital do norte para, perante um estrangeiro, situar a nossa região no mapa, que atire a primeira pedra), afinal, é esta terra banhada pela ria, habitada por gente afável.
Luís Pitarma é o aveirense de que todos falam, inclusive o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que fez questão de telefonar ao jovem enfermeiro que integra o quadro do Hospital de St. Thomas, em Londres.
“O Presidente Marcelo Rebelo de Sousa já transmitiu pessoalmente o seu agradecimento ao enfermeiro Luís Pitarma, e, na sua pessoa, agradece também o empenho de todos os profissionais de saúde portugueses que em Portugal e em todo o mundo estão a prestar uma ajuda decisiva no combate à pandemia”, foi anunciado no website da Presidência da República.
A dedicação e profissionalismo deste aveirense de 29 anos deve merecer-nos todo o reconhecimento – tanto mais porque terá sido um entre muitos enfermeiros portugueses que tiveram de emigrar -, mas a entrega do José, da Maria Manuel, da Catarina, do Manuel, do Pedro e da Sara, também nos deviam encher de orgulho. Quem são? Enfermeiros que tenho o prazer de conhecer pessoalmente e prestam serviço no Hospital Infante D. Pedro, em Aveiro. E aos quais Marcelo Rebelo de Sousa não ligou.
Obrigada a todos eles. E aos que os acompanham nesta luta (sintam-se homenageados com as referências aos vossos companheiros José, Maria Manuel, Catarina, Manuel, Pedro e Sara). Sem esquecer os médicos e restantes profissionais de saúde. De Aveiro e do resto do país. E também do mundo.
* Diretora