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Aos 74 anos, os refrigerantes Genial ganham novo alento

Negócios

O Grupo Domus Capital adquiriu a fábrica Paiva & Génio Lda. e está a requalificá-la. Além de refrigerantes, também produzirá cerveja artesanal Quinas e produtos de valor acrescentado.

Se há marcas que atravessam gerações, a Genial é uma delas. Era presença habitual à mesa, especialmente na região de Aveiro, em dias de festa - um pouco como acontecia com a UPREL, outra marca histórica de refrigerantes nascida na região. A 25 de abril, no dia em que país celebra 50 anos de liberdade, a Genial faz a festa dos seus 74 anos, inaugurando a sua nova unidade de produção. Depois de ter sido adquirida pelo Grupo Domus Capital, a fábrica Paiva & Génio Lda., sediada em Ílhavo, foi alvo de um investimento na ordem de 1,5 milhões de euros e além de refrigerantes Genial, também produzirá cerveja Quinas e produtos de valor acrescentado.

“Adquirimos esta unidade com o objetivo de melhorar e aumentar a capacidade produtiva na área dos refrigerantes e instalar aqui uma unidade produtiva na área da cerveja”, introduz Augusto Pinto, sócio-acionista do Grupo Domus Capital, antes de abrir as portas das novas instalações à Aveiro Mag. Na prática, a fábrica vai estar dividida em duas unidades. Uma, que coincide com instalações já existentes – ainda que tenham sido completamente reformuladas -, dedicada à produção de refrigerantes. A outra, instalada num pavilhão completamente novo, construído de raiz, reservada à produção de cerveja.

Os planos do Grupo Domus Capital – que detém marcas como Sumovite e Quinas – para a fábrica Ílhavo passam por, além da cerveja, “produzir os formatos 0.33L, 0.5L e 1L e produtos de valor acrescentado – bebidas RTD (Ready To Drink)”. “Vamos produzir bebidas para terceiros. Temos uma enorme procura nessa área e comprámos equipamentos para poder satisfazer essa procura”, desvenda Augusto Pinto. Contas feitas, a estimativa passa por faturar na unidade de Ílhavo “cerca de 3 milhões de euros, por ano, em cerveja artesanal” e “por volta de 2,5 milhões a 3 milhões nos refrigerantes”.

 

 

E a UPREL aqui tão perto

Já depois de ter adquirido a fábrica Paiva & Génio, o Grupo Domus Capital acabou por comprar, também, a UPREL – União de Produtores de Refrigerantes de Estarreja. “Foi um amor que já existia, mas que acabou por ser concretizado só quando já tínhamos adquirido a fábrica da Genial. Acabámos por ficar com as duas fábricas. E temos utilidade perfeita para as duas”, conta Augusto Pinto, asseverando que o grupo já tem “perfeitamente estruturado” o que irá “fazer em cada uma delas”.

E se há algo que os habitantes da região podem dar por garantido é a manutenção das duas marcas (Genial e UPREL). “Temos uma marca principal de refrigerantes no nosso grupo, a Sumovite. É uma marca bastante antiga, de 1952. [...] No entanto, temos consciência da importância da regionalidade nalguns produtos. A Genial é uma marca muito forte em Ílhavo e no eixo de Viseu até à Guarda. É uma marca com grande notoriedade. Da mesma forma que a UPREL é uma marca muito forte em Estarreja e arredores”, reconhece Augusto Pinto, deixando a garantia: “Para nós, está completamente fora de equação canibalizar as marcas que adquirimos. O nosso objetivo é acrescentar e não concentrar. Nós viemos para acrescentar. Vamos manter as marcas existentes, vamos dinamizá-las cada uma na sua região, trabalhando na mesma a nossa marca principal, a Sumovite”.

Tanto a Genial como a UPREL chegam até aos dias de hoje cheias de histórias para contar. Surgiram numa época em que o setor dos refrigerantes era “bastante forte”, em Portugal. “Estas empresas já tiveram uma dimensão bastante superior à que têm hoje. Foram bastante grandes na sua época”, repara Augusto Pinto. Enquanto empresas familiares, que foram passando de geração em geração - dos pais para os filhos, dos filhos para os netos, depois para os bisnetos -, passaram a ter as quotas “disseminadas”. “E, quando isto acontece, a gestão das empresas torna-se mais complicada no sentido em que há muita gente com pouco poder e é difícil tomar decisões que permitam que as empresas tenham uma estratégia de futuro clara e um programa de investimentos claro para futuro. Se alguém tiver 51% da empresa tem uma disponibilidade diferente para investir do que alguém que só tem 1 ou 2%. Olha para o negócio de uma maneira diferente e olha para o negócio com um horizonte temporal mais alargado”, enquadra o acionista do Grupo Domus Capital.

Perante este cenário, as empresas acabaram por “não se modernizar o suficiente e isso permitiu que entrassem no mercado operadores estrangeiros, nomeadamente, os nossos vizinhos espanhóis, e começassem a ocupar espaços que, antigamente, eram ocupados por fábricas portuguesas”. A pergunta torna-se óbvia: o objetivo da Genial e da UPREL passará por tentar recuperar o espaço que foi ocupado por outros operadores? “Uma parte dele”, responde Augusto Pinto, notando que “há espaço para toda a gente”. “Há coisas que podem ser feitas cá e não foram aproveitadas até agora. Achamos que faltava em Portugal uma empresa que estivesse disposta a dar alguma dimensão ao negócio e que nos permitisse competir com os nossos concorrentes mais próximos”, sustenta. “Eles não têm nada que nós não tenhamos. Não têm mais qualidade do que nós, não têm melhor água do que nós, não têm mais capacidades técnicas do que nós. Simplesmente, investiram. E bem”, acrescenta, frisando: “o nosso objetivo não é roubar aos outros, é sermos uma alternativa aos players estrangeiros”.

Para a unidade de Estarreja os objetivos são ainda mais ambiciosos do que para Ílhavo. “Na UPREL temos o objetivo, a cinco anos, de chegar aos 35 a 40 milhões de euros de faturação”, adianta o sócio-acionista do grupo que não descarta a possibilidade de vir a ter uma outra unidade de produção no distrito de Aveiro. “É uma zona com muita água e com muita qualidade e é um distrito no qual os autarcas são dinâmicos e cooperantes com as empresas. Têm visão empresarial, estratégica. Esta zona centro é muito dinâmica e isso agrada-nos”, remata.

 

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