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José Lameiro: o piloto que também é empresário

Atletas

O piloto aveirense José Lameiro está bem colocado para conquistar o Campeonato de Portugal de Ralicross na Categoria SuperCar deste ano, depois da vitória registada na etapa de Mação, disputada na Pista da Boa Vista, no início deste mês. A bandeira de xadrez está à vista. José Lameiro mantém a concentração e os pés bem assentes no chão, mas não esconde o otimismo.

“Tenho vantagem pontual e não tenho nenhuma intenção de deixar fugir esta possibilidade”, garante, ressalvando que o objetivo inicial não passava pela conquista do troféu. “Inicialmente não era nem de perto a intenção mas estamos lá e é o que importa”, assume o piloto aveirense que, este ano, percorreu um longo caminho para chegar até aqui. Na fase inicial da época foi preciso eliminar avarias e outros problemas para ter um carro fiável. “Concluímos as últimas três corridas, o que é um bom indicador. Agora trabalhamos na afinação do carro que é algo difícil e moroso, porque ainda por cima não treinamos”, explica.

Nesta fase, o piloto aproveita a corrida para fazer “dois em um”. “Não é o ideal, mas, neste momento, não temos alternativa”. José Lameiro sublinha os progressos registados com o seu Skoda Fabia e atribui o mérito à equipa DM Motorsport. “Estou rodeado de gente empenhada, preocupada e competente. Estou muito contente e temos feito bons progressos", resume.

A próxima prova, mais uma etapa a caminho do título, vai acontecer no Circuito Internacional de Montalegre, no fim de semana de 17 e 18 de outubro. A competição está a evoluir a grande velocidade. José Lameiro só lamenta que os circuitos não estejam cheios de público, pelas razões que todos conhecemos. Ainda assim, do mal o menos “É melhor não ter público e ir tendo competição do que colocar em risco ou potenciar o risco da saúde de todos”, afirma.

Já esteve para ser campeão em Espanha

Esta não é a primeira vez que José Lameiro está perto de conquistar um título. Em Espanha, uma habilidade regulamentar impediu o piloto aveirense de subir ao lugar mais alto do pódio do Campeonato de Rali TT. “Não fui campeão de Espanha porque quando perceberam que eu ia ganhar passaram de Campeonato Open a Não Open, o que implicava que teria de ser um espanhol a vencer”, recorda.Manolo Plaza, de Cuenca, acabaria por sagrar-se campeão. “Fiquei um pouco sentido, mas consigo compreender”, reconhece, sublinhando que sempre foi muito bem recebido nas corridas em que participou nas pistas espanholas.

Com mais de 130 corridas no currículo, entre Portugal e Espanha, José Lameiro tem uma carreira cheia que consegue encaixar na sua atividade profissional de empresário. De sucesso, sublinhe-se, à frente das empresas Rialto e Diatosta. A paixão das corridas, essa, vem de miúdo. “Primeiro nas motas, onde percebi que era habilidoso mas não era rápido e nunca o seria. Depois mudei para os carros e percebi que esta era a minha praia, principalmente na terra, adoro terra”, revela. A família desde sempre se interessou pela modalidade o que também influenciou. “O meu pai competiu de mota e o meu primo nos automóveis. Creio que a genética é um karma”.

Conciliar os negócios com o automobilismo

José Lameiro ainda alimentou o sonho de ser profissional, mas optou por se contentar em sonhar. Passados estes anos, acha que tomou a decisão mais correta. “Optei por começar uma carreira empresarial na área alimentar bem cedo, sonhar, investir, criar, transformar e gerar mais valia à sociedade e considero-me um ser humano muito realizado desta forma”. explica.

A sua prioridade sempre foi a família e garantir a sua estabilidade. “Foquei-me no trabalho, com a minha esposa, a minha fã número 1 e grande impulsionadora da minha carreira automobilística. Trabalhámos muito e quando digo muito refiro-me a dez anos a trabalhar 365 dias por ano, incluindo dias de Natal e Passagem de Ano.Alguns desses anos a trabalhar de noite”, recorda.

A receita que aplicou no mundo dos negócios também a usa nas corridas. “Sacrifício, dedicação, paixão e risco. Conviver moderadamente com o sucesso e ganhar vontade e raiva quando não resulta. Quem não arrisca não abre o champanhe! Às vezes arrisca-se e também não se abre. Como em tudo na vida tens de fazer sempre o teu melhor”, sublinha. Conciliar as duas tarefas é exigente, mas sem esforço não há recompensa. “A minha é exatamente poder guiar um SuperCar algo que nunca julguei possível. Tenho a felicidade de o fazer e foi e é um desafio enorme pois estes carros são autênticas feras, muito agressivos".

Os números deixam poucas dúvidas em relação ao grau de exigência. “São mais de 500 cavalos sem qualquer assistência eletrónica à pilotagem e a possibilidade de ir dos zero aos cem em dois segundos em pistas mistas em que a aderência é traiçoeira”, explica. A preparação física é uma condição que José Lameiro não pode desprezar. “A exigência física é grande.Tens de aguentar o coração a trabalhar a 170 batimentos por minuto durante 5 minutos em 4 corridas por dia, algumas delas com mais de 50 graus dentro do carro com fato ignífugo vestido e janelas fechadas". Num ambiente destes, o piloto diz que "decidir bem exige muito trabalho físico".

Na especialidade SuperCar, José Lameiro sonha ainda competir numa corrida do Mundial . “Já podia ser este ano, mas, neste momento, o Campeonato Nacional é prioritário". Depois, José Lameiro admite experimentar a vertente da velocidade. “É algo que para mim é completamente fora das minhas características, logo um desafio, mas sou dado a desafios, por isso vamos ver”. Uma coisa é certa. Vai continuar a correr enquanto puder e sentir que é competitivo em pista, porque nas corridas, como na vida, faz parte do ADN de José Lameiro não querer ficar atrás.

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