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Rota dos Cais, um passeio entre a história e a natureza

Roteiro

A Terra Marinhoa (que abrange o território da Murtosa, bem como as freguesias de Veiros e Pardilhó, do vizinho concelho de Estarreja) é conhecida pela sua variedade de cais e ancoradouros, cheios de história e importância naquelas que eram as grandes plataformas comerciais da Ria de Aveiro. Estes canais eram uma verdadeira autoestrada, por onde tudo partia e chegava, todos os dias, desde sal e materiais de construção, a madeira, peixe, e claro, pessoas.

Uma história rica que nem o passar dos anos, nem o desenvolvimento de novas estruturas viárias, conseguiu apagar. Ainda que não registem a azáfama de outrora, os cais da laguna aveirense continuam a ser porto de abrigo daqueles que ainda vivem à volta da ria, seja por trabalho ou por lazer.

Na Murtosa, por exemplo, é possível cumprir um roteiro à volta dos cais que continuam a dar guarida a pescadores e a navegadores de recreio. Aceite a sugestão e parta à descoberta da Rota dos Cais da Murtosa.

A rota tem início no Cais da Ribeira Nova que, à semelhança do que acontece a norte, com a Ribeira das Teixugueiras, marca o limite entre os concelhos da Murtosa e de Estarreja, precisamente a meio da ribeira.

Seguindo o percurso da NaturRia, a próxima paragem é no Cais da Cambeia dos Cardosos, onde agora é possível observar a vista para o Laranjo, num dos mais recentes baloiços da região. De forma a manter presente a importância que o cais teve outrora, foi feita uma intervenção e reabilitação em 2014.

Passando a, vulgarmente chamada, Gafanha Baixa, encontramos o Cais do Chegado. Em frente, vislumbra-se a antiga foz do Rio Vouga, conhecida por “Rio Velho”, desviada aquando da abertura do “Rio Novo do Príncipe” em 1815.

Já na Rua dos Pocinhos, na Cova do Chegado, foi construído em 1999, um moderno porto de abrigo que serve principalmente a comunidade piscatória do Outeiro da Maceda.

Próxima paragem: Cais do Bico, o maior complexo de cais do Concelho da Murtosa, e um dos locais mais visitados do município. Foi outrora um dos mais importantes locais de descarga de mercadorias e servia, em meados do século XX, de local de ancoragem e descarga a mais de 250 barcos moliceiros. O Bico, onde já funcionou um estaleiro naval, continua a ser a base de trabalho de uma comunidade piscatória, e um local de veraneio muito procurado, designado como área balnear desde 2016.

Seguimos para a Ribeira de Pardelhas, com um dos mais importantes cais mercantis da região, onde a maioria do edificado são antigos armazéns de mercadoria e que continua a ser bastante movimentado, não só devido à atividade piscatória como aos visitantes que, a pé ou de bicicleta, vão para apreciar a paisagem e sentir a calma.

Localizado entre os Ameirinhos e a Béstida, o Cais da Mamaparda é o exemplo da dicotomia ancestral terra-água que caracteriza o concelho da Murtosa: de um lado, a imensidão dos campos agrícolas e do outro lado, a Ria de Aveiro.

Antes de 1964, quando a Ponte da Varela uniu fisicamente as margens nascente e poente da Ria, as embarcações de transporte de pessoas e mercadorias rumo à Torreira, partiam do Cais da Béstida. Situa-se no curso visitável da natureza e tem, desde 1999, um porto de abrigo para pescadores construído pela Câmara Municipal da Murtosa.

A partir de um braço de ria conhecido localmente por “rio largo”, desenvolve-se a Ribeira do Mancão, onde se inicia um belíssimo circuito ciclável de visitação da natureza, que beira os canais ribeirinhos que culmina num cais que se abre, em dois braços, junto à Rua Arcebispo de Cangranor.

Seguindo o percurso da Ribeira do Mancão, chega-se à Ribeira do Gago, o outrora mais relevante cais mercantil da freguesia, onde estava estabelecido Artur Tavares Matos, que, além de infraestruturas de armazenamento e de uma frota própria de embarcações, que usava para o transporte dos materiais de construção que vendia, possuía junto ao cais, um estaleiro de construção de embarcações cujos portões altos ainda são visíveis.

Na freguesia do Bunheiro, passagem pela Ribeira do Martinho e Boca da Marinha, em direção à Ribeira das Teixugueiras que, à semelhança da Ribeira Nova, estabelece a fronteira entre a freguesia da Murtosa (Murtosa) e a de Veiros (Estarreja), e entre a freguesia do Bunheiro (Murtosa) e de Pardilhó (Estarreja).

Paragem no Cais dos Moliceiros, para apreciar a magnífica paisagem natural proporcionada pela Ria de Aveiro e por algumas embarcações tradicionais que lá se encontram.

De referir também a Mota Preta, cais de amarração de embarcações na Torreira, restaurado em 2010, pela Administração da Região Hidrográfica do Centro (ARH-Centro), entidade responsável pela gestão das zonas ribeirinhas da ria de Aveiro. No mesmo ano, deu-se também a reparação do cais de embarque de embarcações de recreio, mais conhecido como Cais do Guedes, que após uma grande degradação voltou a ser funcional e seguro.

O roteiro termina no Porto de Abrigo da Torreira. Requalificado e inaugurado em 2015, é a infraestrutura concelhia com maior capacidade de acolhimento de embarcações, atestando a importância da atividade piscatória para as comunidades ribeirinhas. Um local de visita obrigatória nesta rota pelos braços da Ria.

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