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Chama-se Atlas e quer ser centro de pensamento, saber e inovação

Artes

Concluídas as obras de requalificação, o histórico edifício cor de rosa da Praça da República, em Aveiro, ganha novo nome e novas funções. A reabilitação esteve a cargo de José Bernardo Távora, filho do arquiteto Fernando Távora, autor do projeto original daquele equipamento, em 1964.

A biblioteca municipal está de volta a um edifício que passa também a acolher espaços de coworking, uma loja do investidor para promoção do município, uma sala polivalente para a realização de conferências, exposições e reuniões e um arquivo.

Entendendo aquele edifício como “uma peça urbana de grande importância” e “uma referência patrimonial, cultural e de personalidade para a cidade”, Ribau Esteves garante que a autarquia vai “sempre deixar uma referência ao arquiteto” na nomenclatura que o identifica. Ainda assim, houve necessidade de arranjar um nome próprio e uma imagem condizente para um espaço que quer ser “centro de conhecimento e pensamento”.

Surgiu o nome Atlas, palavra que, no entender do presidente da câmara municipal, resume em poucas letras aquela que é a visão da autarquia para este renovado edifício com todas suas novas valências. “Um atlas de pensamento e saber, com a biblioteca; um atlas de ideias e criação, no novo espaço de coworking; um atlas do investidor, virado para a promoção da cidade; um atlas de inovação, com a instalação do novo hub do projeto Aveiro Tech City” são alguns dos exemplos que constam do teaser de apresentação do equipamento.

Quanto à imagem, que agora figura numa placa colocada junto à entrada principal, bem como em toda a comunicação deste espaço, a solução passou, uma vez mais, pela herança que Távora deixou à cidade: o retângulo rosa é uma interpretação minimalista do edifício como um todo e a letra A vai buscar inspiração ao seu mobiliário original, mais concretamente, a umas “cadeiras exóticas” que o arquiteto portuense desenhou especialmente para aquele espaço.

Um dos requisitos primordiais para esta obra de reabilitação prendia-se com a abertura do rés-do-chão que, durante largos anos, esteve “fechado numa caixa de vidro”. Uma forma de recuperar um dos traços originais mais identitários deste equipamento, valorizando o seu enquadramento urbanístico. A partir de agora, da Praça da República, volta a ver-se o canal central da ria de Aveiro e a emblemática fachada de Arte Nova da rua João de Mendonça e José Bernardo Távora não podia estar mais contente com a decisão da autarquia. “Foi uma grande infelicidade para o meu pai quando a câmara lhe comunicou que ia construir a tal caixa de vidro, fechando a praça aos canais da cidade. Na lógica dele, foi um atentado à sua peça arquitetónica”, terá partilhado José Bernardo em reuniões de preparação com Ribau Esteves.

De acordo com o presidente da câmara municipal de Aveiro, esta abertura de portas a um edifício renovado na sua estrutura, nas suas funções e até no seu nome, representa apenas o primeiro de três momentos de uma inauguração que vai durar até ao final do ano. Um segundo marco está previsto para o mês de setembro, com o lançamento de um livro sobre a história daquele edifício e das várias facetas que assumiu ao longo dos anos. A obra, coordenada pelo arquiteto Bernardo Távora, está em processo de conclusão. Finalmente, em dezembro, entrará em funcionamento a Loja do Investidor, valência que, por ora, ainda está em fase de desenvolvimento.

Na sessão de ontem, o autarca deixou agradecimentos ao arquiteto, ao empreiteiro, à empresa de fiscalização e às equipas da câmara, bem como uma palavra de reconhecimento “a quem saiu para dar lugar à vida nova”, referindo-se às mais de duas dezenas de associações que ali desenvolviam as suas atividades e, com esta requalificação, tiveram de arranjar nova casa.

A empreitada de reabilitação do edifício Fernando Távora teve início em janeiro de 2019 e representou um investimento de 2,5 milhões de euros, cofinanciados a 60% pelo CENTRO 2020. A intervenção veio resolver o avançado estado de degradação daquelas instalações, dando nova vida ao equipamento. Uma obra que surge integrada numa operação de requalificação urbana da cidade de Aveiro que incluirá, entre outras, a intervenção na Avenida Dr. Lourenço Peixinho e as obras do Rossio.

*Fotos:Afonso Ré Lau

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