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Mais de 100 manequins no Museu de Lamas para desfile de moda inspirado na Arte Sacra

Negócios

 

Passando do centro histórico de Santa Maria da Feira para a envolvente daquele que também é conhecido como “Museu da Cortiça”, na freguesia de Santa Maria de Lamas, a próxima edição do ModaFeira é já no próximo sábado, dia 26. Com periodicidade semestral, o desfile de moda que se tornou uma referência da Associação Empresarial da Feira começa às 21h30 junto à fachada do Museu de Lamas e, perante uma plateia aberta a convidados e a público em geral, vai desta vez reunir centenas de propostas do comércio local para a próxima estação Outono/Inverno.

Na passerelle estarão mais de 100 manequins, parte dos quais escolhida pelas marcas representadas no desfile e a maioria selecionada pela produção do evento num casting aberto a candidatos de todas as idades, a pessoas de qualquer identidade de género e a corpos com qualquer tamanho de silhueta. “A moda é para ser usada por pessoas reais e no desfile fazemos questão de também ter gente real a fazer de modelo”, realça Alferes Pereira, presidente da AEF.

Para exibir as melhores propostas locais de vestuário, calçado, acessórios, marroquinaria e ótica para o tempo frio, a AEF concebeu um cenário com elementos inspirados na Arte Sacra. A escolha do tema prende-se com o facto de essa ser a componente mais valiosa da coleção doada pelo empresário do setor corticeiro Henrique Amorim (1902-1977) à Casa do Povo de Santa Maria de Lamas, que, em parceria com o Departamento de Arte, Conservação e Restauro da Universidade Católica Portuguesa, qualificou de tal modo esse equipamento que desde 2018 ele passou a integrar a Rede Portuguesa de Museus.

“Depois de uma edição nas Termas de São Jorge, escolhemos agora o Museu de Lamas porque é uma instituição particularmente simbólica no que se refere à principal indústria de Santa Maria da Feira – a da transformação da cortiça – e porque na sua atividade demonstra uma crescente dinâmica intercultural – expressa em constantes iniciativas de trabalho em rede, em vários domínios além do museológico”, declara Alferes Pereira.

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