
Estudante da UA lança livro de poemas e textos
Começou a escrever para aprender a lidar com os próprios sentimentos e lança agora uma mensagem de superação em forma de livro. Em “Seguindo as Correntezas do Meu Oceano”, Luísa D’Araujo, estudante do 2º ano de Engenharia Civil da Universidade de Aveiro, aborda a descoberta de sentimentos como a ansiedade, solidão e depressão e de como os podemos ultrapassar. Apaixonada por literatura e engenharia, a estudante espera continuar a conseguir conciliar as duas áreas.
Tal como confessa, em declarações ao website da UA, parte do seu tempo é dedicado à escrita. Aquilo que começou por ser “uma carta de despedida” à avó, acabou por se tornar “mais pessoal do que imaginava” e deu origem ao livro que acaba de publicar: “Seguindo as Correntezas do Meu Oceano”, disponível em várias livrarias do país.
A morte da avó, a quem dedica este livro, acabou por despertar na estudante sentimentos de tristeza, solidão e ansiedade, sentimentos estes que decidiu transpor para o livro que agora lança. Explica que nele estão pistas sobre o “caminho que devemos percorrer para uma nova perspetiva”, que há beleza na dor e que devemos aceitar aquilo pelo qual estamos a passar.
O gosto pela leitura surgiu quando ainda era pequena e lhe ofereceram o “principezinho”, que diz ter lido “tão rápido” que não prestou atenção às palavras. Leu-o novamente e foi nesse momento, explica, que a leitura se tornou numa “zona de conforto”. Conta que aproveita todos os momentos para ler, hábito que herdou quando ainda era criança, o que a ajuda a gerir os sentimentos e a minimizar a solidão que às vezes sente. O gosto pela leitura estendeu-se para a escrita, ferramenta que utiliza como terapia para “para aliviar o stress e toda a ansiedade”. Luísa desabafa que escrever é a porta da sua alma, “onde expressa tudo o que consigo dizer, o que tenho que dizer.”
Sobre como concilia áreas tão distintas, Luísa explica que “no início não sabia muito bem o que estava a fazer” e que a sua paixão pela escrita a fez questionar se estaria no curso certo, uma vez que dedicava mais tempo às letras do que aos números. Depois de um ano sabático, para perceber se se dedicava inteiramente à escrita ou à engenharia, Luísa percebeu que conseguia dividir tempo pelas duas paixões. Para si, a “engenharia e a escrita são duas áreas que se complementam” e que são precisas as duas para “alcançar um nível de estabilidade mental e conhecimento pessoal e profissional”.
Para o futuro, Luísa D’Araujo espera poder continuar o seu percurso como engenheira civil mas também dar continuidade à paixão pela escrita. No horizonte tem o “my golden 20’s”, um livro que será publicado num futuro próximo e outras obras que tem em desenvolvimento. Atualmente conjuga as aulas com os artigos que escreve para a Germ Magazine.