AveiroMag AveiroMag

Magazine online generalista e de âmbito regional. A Aveiro Mag aposta em conteúdos relacionados com factos e figuras de Aveiro. Feita por, e para, aveirenses, esta é uma revista que está sempre atenta ao pulsar da região!

Aveiro Mag®

Faça parte deste projeto e anuncie aqui!

Pretendemos associar-nos a marcas que se revejam na nossa ambição e pretendam ser melhores, assim como nós. Anuncie connosco.

Como anunciar

Aveiro Mag®

Avenida Dr. Lourenço Peixinho, n.º 49, 1.º Direito, Fracção J.

3800-164 Aveiro

geral@aveiromag.pt
Aveiromag

O primeiro dia de aulas dos primeiros caloiros de Medicina da Universidade de Aveiro

Saúde

Podia ter sido uma aula igual a tantas outras - com um professor a falar, uma apresentação a passar no ecrã e tempo para perguntas e respostas -, mas não foi. Na sala 30B.3.31 do Departamento de Ciências Médicas da Universidade de Aveiro, assistia-se, na manhã desta terça-feira, à primeira aula do novíssimo curso de Medicina. Um mestrado integrado (com a duração de seis anos) que pretende contribuir para o “desenvolvimento de profissionais de saúde capazes de resolver os desafios clínicos presentes e futuros”. Às 9h00 deste 17 de setembro de 2024 era assim dado o pontapé de saída para o surgimento dos primeiros 40 médicos formados pela Universidade de Aveiro.

Alexandre Costa, 18 anos, era um dos alunos rendidos à ideia de estar entre os primeiros. Apesar de a UA não ter sido a sua primeira escolha – por ser do Porto, tentou primeiro colocação na sua cidade -, agrada-o a ideia de estar a frequentar “um curso completamente novo”. O mesmo acontece com as alunas Raquel Moreira, de Espinho, e Margarida Gândara, de Gondomar, que depois de assistirem às primeiras horas de aulas estavam com “uma motivação extra”. “Somos os pioneiros neste curso”, vincavam.

Do Alexandre, da Raquel, da Margarida e dos restantes 37 alunos, Firmino Machado, diretor do Mestrado Integrado em Medicina da Universidade de Aveiro, espera que “sejam capazes de responder aos desafios do futuro e não só os desafios do presente. É nisso que acreditamos, que estamos a treinar médicos que sejam capazes de inovar, de ser irreverentes, de pensar e trabalhar de forma diferente. Isso materializa-se em aspetos como a capacidade de nos atualizarmos ao longo da vida, de perguntarmos qual a melhor evidência em cada momento e de que forma podemos pô-la pormos ao serviço do utente”.

Para Firmino Machado, a quem coube abrir a aula inaugural deste novo curso, “outro aspeto fundamental é a criatividade e isso parte da matriz identitária da Universidade de Aveiro. A capacidade de trabalharmos com diferentes áreas do saber, diferentes disciplinas para produzir respostas inovadoras, criativas, irreverentes para as necessidades da nossa população. Esperamos que a engenharia, a física, os materiais, a robótica e a ciência de dados, juntamente com a medicina, possam criar soluções novas para responder aos desafios emergentes. E isso é algo que iremos utilizar para estimular os estudantes, garantindo que não criamos uma caixa hermética do curso de Medicina, pelo contrário, incluímos o cidadão e as outras áreas da academia”.

 

 

Ovar Publicidade

“Aulas” em contexto clínico começam logo no primeiro ano

Uma das provas de que este novo curso de Medicina pretende ser diferente reside no facto de a aprendizagem em contexto clínico acontecer logo no primeiro ano. “Dentro de um mês e meio, estes alunos irão estar em centros de saúde. 30 alunos estarão em centros de saúde de Aveiro e dez em centros de Vila Nova de Gaia e Espinho”, especificou Firmino Machado. “Normalmente, só no 4º ano é que começam a ter exposição à prática clínica regular, mas achamos que isso pode demover um médico de querer ser médico”, argumentou, já depois de ter notado que esta aposta da UA obriga a um grande investimento no sentido de “garantir que há um tutor para cada estudante”.  

Outra inovação passa pela atenção que será dada à área da comunicação. “É uma das áreas centrais na formação dos nossos profissionais e dos médicos que estamos a treinar e que se materializa numa linha estrutural do curso desde o 1.º ao 6.º ano. Desde logo, o treino da comunicação um a um com o utente, mas também com a família do utente ou com aqueles que lhe são próximos. Treiná-los também para situações mais diferenciadas e específicas como, por exemplo, a comunicação em contexto de fim de vida e cuidados paliativos ou a comunicação pediátrica – com a criança, que tem necessidades e requisitos de comunicação diferentes, e com os pais ou encarregados de educação da criança”, destacou. Referência também para a comunicação “numa perspetiva mais macro, a que se destina às populações, e a capacidade de saber comunicar não só com o indivíduo, mas com a população”. Exemplos? Em áreas “como a promoção da saúde e da prevenção da doença” ou “comunicação de risco”, como seria o caso da situação vivida a região nos últimos dias devido aos fogos florestais.

“Queremos formar e treinar profissionais que sejam capazes de assumir funções de liderança não só nas equipas de profissionais, mas também nas organizações. Acreditamos que aqueles que estamos a treinar vão ser diretores de serviço, diretores clínicos, presidentes de conselhos de administração. E estamos a prepará-los para isso, não só com a formação e treino em liderança, mas também em comunicação com as equipas, com os pares. É esse perfil de médico que queremos treinar porque acreditamos que é o médico do futuro”, rematou o diretor do curso. 

 

Apelo a contribuição dos leitores

O artigo que está a ler resulta de um trabalho desenvolvido pela redação da Aveiro Mag. Se puder, contribua para esta aposta no jornalismo regional (a Aveiro Mag mantém os seus conteúdos abertos a todos os leitores). A partir de 1 euro pode fazer toda a diferença.

IBAN: PT50 0033 0000 4555 2395 4290 5

MB Way: 913 851 503

Deixa um comentário

O teu endereço de e-mail não será publicado. Todos os campos são de preenchimento obrigatório.