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Cesto da Gávea: Um alojamento que também é uma ode ao mar

Roteiro

Unidade localizada na praia da Barra, em Ílhavo, evoca epopeia da pesca do bacalhau. Foi inaugurada este verão

Romeu Bio

 

Pode uma unidade de alojamento ajudar a contar a história de um território? Pode e o Cesto da Gávea é a prova disso mesmo. Inaugurado este verão, este alojamento local plantado à beira do mar, na praia da Barra, em Ílhavo, faz questão de prestar homenagem aos homens e às mulheres que teceram a história daquele município. Começando pelo nome e terminando nas peças decorativas, algumas delas verdadeiras peças de museu, tudo ali tem cheiro a mar, remetendo os hóspedes para a grande epopeia da pesca do bacalhau.

Apesar de o Cesto da Gávea só ter sido inaugurado em agosto deste ano, a aventura e recolha de material náutico para o tornar uma realidade “já tinha começado em 2022”, conta-nos David Balseiro Dias, o gestor da unidade, a quem cabe falar por toda uma família apaixonada “pela vida do mar e pelos seus objetos mais simbólicos que, na nossa casa se colecionam há muitos anos e que agora colocamos ao dispor de todos”.

Sendo um alojamento local relativamente pequeno, com apenas três quartos (sendo que um é composto por duas unidades de alojamento independentes pelo que pode acomodar, de forma separada, quatro pessoas), o Cesta da Gávea permite que grupos de amigos ou famílias possam alugar o AL por completo.

Seja com toda a unidade por sua conta ou apenas reservando um quarto, o hóspede pode dar como garantida a “vista para o mar e para o pôr do sol 365 dias por ano”. A este ingrediente de sucesso junta-se, então, a ambiência dos espaços interiores. “A sala de estar (zona comum a todos os hóspedes) tem livros sobre a temática do mar para que todos os hóspedes se possam entusiasmar com a nossa tradição. O quarto do capitão traz-nos a sensação de que entrámos no camarote de quem dirige o navio - com muitas madeiras, a farda e boina do capitão e até umas botas de pescador do século passado. O quarto Costa Nova foi inspirado na Costa Nova do Prado: com as suas típicas casas às riscas e também com alguma decoração piscatória. E o quarto do surfista é um ambiente mais jovem ligado ao surf com pranchas, camisolas e posters de competições a decorar o ambiente”, realça David Dias.

Entre as várias peças decorativas estão alguns objetos mais especiais, pelo valor emocional a eles associados. É o caso das botas bacalhoeiras, “uma peça raríssima, com quase cem anos e carregada de história. Feitas em pele e solas de madeira eram responsáveis por manter os pés dos pescadores quentes nos mares gelados da Terra Nova. Contudo, eram também muito pesadas e quando os pescadores caíam ao mar eram elas (que por permitirem a entrada de água) contribuíam para que não pudessem regressar à tona e perdessem a vida”, destaca o gerente da unidade. David realça, ainda, a farda de capitão usada pelo seu avô, “que, não sendo capitão (aliás era completamente analfabeto, tendo adquirido empiricamente todo o seu conhecimento sobre o mar e os seus segredos) comandou, em meados do século passado, e durante muitos anos todas as inúmeras embarcações de um operador privado de Vila Nova de Famalicão, o senhor Manuel Gonçalves”.

 

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A origem do nome Cesto da Gávea

Nesta unidade de alojamento que tem como público alvo “todos aqueles que procuram uma experiência diferente do típico hotel ou apartamento de praia” e “que, de facto, queiram mergulhar na história e cultura de Ílhavo, que é a capital do bacalhau e das suas tradições marinheiras”, até o nome tem história. “O Cesto da Gávea era o ponto mais alto do navio. Perto do topo do mastro do navio havia uma pequena estrutura para onde um pescador subia para avistar terra ou os sinais do tempo ou da pesca. Ou, para quando se portavam mal, serem mandados para lá, de castigo, em momentos de tempestade. Isto porque o ponto mais alto do navio era também era o sítio da embarcação onde se sentia a violência da ondulação com mais intensidade”, refere David Dias. O castigo era de tal forma violento, recorda – deixando, desde já, um pedido de desculpas antecipado -, que, “dentro da comunidade piscatória, é comum designar o Cesto da Gávea por ‘o caralho’. E daí a expressão ‘ir para o caralho!’”. “Como o nosso alojamento se situa num terceiro andar, com vista para o mar e o horizonte e, ao fim da tarde, pode desfrutar-se de esplêndidas vistas para o pôr do sol achamos o nome muito adequado”, enquadra.

As estadias têm um custo, no outono/inverno, a partir de 75 euros. “No verão estão em linha com um estabelecimento desta qualidade neste tipo de localização”, refere o gerente. Informações e reservas através do telefone 927000755 ou do email geral@cestodagavea.pt.

 

 

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